Não deu para Felipe Lima chegar à final dos 100m peito nas Olimpíadas de Tóquio. O nadador cuiabano de 36 anos, que fez o melhor tempo da vida nas eliminatórias, repetiu o resultado de Londres-2012 e ficou na semifinal. Com 59s80, ele ficou em sexto na primeira bateria, o que garantiu a 12º colocação geral. Apenas os oito primeiros se garantem na disputa por medalhas.
Felipe Lima passou em terceiro na virada dos 50m, mas não conseguiu manter o ritmo e viu seu tempo piorar em relação às eliminatórias. Com os 59s17, sua melhor marca da vida, alcançada na preliminar, o brasileiro teria conseguido a oitava vaga na final, que ficou com o americano Andrew Wilson, com 59s18.
Felipe foi o único nadador brasileiro em ação na manhã de provas decisivas em Tóquio. Como esperado, o britânico Adam Peaty, vencedor no Rio-2016 e detentor dos recordes olímpico e mundial, ficou com a primeira colocação na semifinal, com 57s63.
Em entrevista ao Sportv, Felipe Lima falou sobre o aumento do tempo em relação às eliminatórias e ressaltou o fato novo de Tóquio apresentar finais pela manhã (e não no período da noite como é o habitual). O brasileiro celebrou o fato de ter feito o melhor tempo da vida na fase preliminar e agora defenderá o Brasil em provas de revezamento.
“Final pela manhã, né? Coisa que ninguém está acostumado. Sabia que podia sentir, mas não queria pensar. Estou feliz com o tempo da eliminatória. Agora, é virar a página e pensar nos revezamentos”.
O nadador falou sobre a preparação no ciclo olímpico para alcançar aos 36 anos a melhor marca da carreira.
“Os estudos dizem que o esporte mudou muito. Os próprios educadores físicos têm estudado bastante com o novo método de ensino, com treinos voltados para alta performance sem grande volume. Sou a prova disso. Claro que nessa idade tem que ter cuidado com descanso para não se lesiona, porque a recuperação é mais lenta. Sigo tomando cuidados e performando”.