Duas mulheres foram alvos de mandados de prisão preventiva nesta quarta-feira (14), em Cuiabá-MT, acusadas de participação no assassinato do policial militar aposentado Noel Marques da Silva, ocorrido em agosto de 2020. As suspeitas são a ex-mulher e a ex-sogra da vítima, de 33 e 55 anos, respectivamente.
A motivação do homicídio está sendo investigada.
Segundo a Polícia Civil, as ordens judiciais foram cumpridas em uma unidade de saúde pública, onde a ex-companheira da vítima trabalha como técnica em enfermagem, e na casa onde a mãe da suspeita mora. Os investigadores também realizaram buscas e apreensões nas residências de ambas.
As suspeitas foram encaminhadas para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestaram depoimento aos delegados Fausto Freitas e Olímpio da Cunha Fernandes Junior. Elas seguem à disposição da Justiça Estadual.
Ao todo, três pessoas já foram detidas por suposto envolvimento no crime. Em junho, a polícia capturou um homem de 36 anos, apontado como executor do policial. O suspeito também teria sido o autor do assassinato do filho do militar. Os crimes ocorreram em um intervalo de seis meses.
Execuções
O homicídio do policial militar ocorreu na noite de 22 de agosto, quando ele chegava em sua casa, no Jardim Colorado, na Capital. Noel Marques da Silva, 52 anos, foi abordado por dois homens que dispararam contra a vítima e depois fugiram do local.
Em março deste ano, o filho do policial, Noel Marques da Silva Júnior, de 33 anos, também foi morto, no bairro Novo Tempo, em Cuiabá. A vítima foi atingida por tiros quando estava na varada de casa.
Segundo o relato de uma testemunha, dois criminosos invadiram a casa, quando a vítima reagiu e entrou em luta corporal com os suspeitos, mas foi atingida pelos disparos da arma de fogo, vindo a óbito em seguida.
No primeiro inquérito, presidido pelo delegado Caio Fernando Albuquerque, foram apuradas informações que apontam para o homem preso em junho como um dos responsáveis pela morte do policial da reserva.
O segundo inquérito, instaurado em março deste ano pelo delegado Anderson Veiga investigou o homicídio de Noel Junior e apurou que o mesmo executor estava ligado às duas mortes.