Cães e gatos de Cuiabá podem ser vacinados contra a raiva em três postos fixos de vacinação gratuita: na Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) e nos Hospitais Veterinários da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e da Universidade de Cuiabá (Unic).
– Na Unidade de Vigilância em Zoonoses, o serviço é ofertado de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h30 às 16h30, sem necessidade de agendamento. Endereço: Av. Bernardo Antônio de Oliveira Neto, 1450, Ribeirão do Lipa (próximo ao HMC).
– No Hospital Veterinário da Unic, a vacinação ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 10h, por ordem de chegada. Endereço: Rua Itália, 151, Jardim Europa – nos fundos do campus da Unic Beira Rio. Observação: devido ao recesso da instituição, as atividades serão retomadas no próximo dia 19 de julho.
– No Hospital Veterinário da UFMT, a vacina antirrábica ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 15h30, mediante agendamento prévio, que deve ser feito pelo WhatsApp (65) 9 8441-7076.
O serviço é oferecido de forma rotineira pela UVZ em parceria com as universidades, a quem repassa as doses para aplicação. Essa é uma opção para quem não pode levar o animal no Dia D de vacinação antirrábica, que ocorre todos os anos, com exceção de 2020, devido à pandemia de covid-19.
“Em todos os anos nós fazemos a campanha de vacinação. A única exceção foi o ano de 2020 devido à pandemia de covid-19, para não gerar aglomeração, mas este ano a gente já está planejando para que tenha a campanha no segundo semestre, provavelmente em outubro. Até lá a gente espera que a situação da pandemia já esteja mais tranquila, a maioria da população vai estar vacinada”, explica José Antônio Noleto, coordenador da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) de Cuiabá.
O serviço de vacinação antirrábica de forma rotineira ao longo do ano era desconhecido por grande parte da população cuiabana. Desde a divulgação, em meados de junho, quase mil animais já foram imunizados, sendo 731 cães e 182 gatos, somente nas duas últimas semanas de junho.
Tutoras responsáveis
A bacharel em Direito, Bárbara Fabris, tutora da cadela Pandora, de 5 anos, levou o animal para ser vacinado na sede da UVZ. “A gente sempre leva ela para vacinar nas campanhas. Quando não tem, a gente leva em clínica particular. A vacinação é importante porque é a vida do animal, sem essa vacina ele corre sérios riscos pra vida dele, pra saúde, pode ficar paralítico, pode morrer, então a gente se preocupa”, afirma.
A estudante de Medicina Veterinária, Kethlyn Lorraine Pereira Araújo, também levou os gatos Sansão, 2 anos e Dalila, 11 anos, para serem vacinados na UVZ, logo que a campanha foi divulgada. “Todo ano eles tomam vacina, mas é a primeira vez que eles vêm aqui, sempre tomam na clínica. Dessa vez eu vi no site da Prefeitura e quis trazer. É muito importante porque a vacina antirrábica protege contra a raiva, que é uma zoonose. E aqui em Cuiabá a gente vê muito morcego, um dos animais que transmite a raiva para os gatos e os cães. E se esses animais são contaminados, eles podem nos contaminar também. E a raiva não tem cura. É importante que todo ano seja feita a vacina e também que castrem os animais para evitar que eles saiam nas ruas e estejam predando os morcegos”, alerta a estudante.
Tutora de gatos muito ariscos, Kethlyn pôde vacinar um dos bichanos dentro do próprio carro e da gaiola, para evitar que fugisse ou machucasse alguém. A equipe de vacinadores da UVZ já fica preparada na entrada da unidade, para agilizar o procedimento e, se necessário, vacinam o animal dentro do veículo do tutor. “Traga seu animal na caixinha ou na coleira, de preferência se tiver um pano para cobrir. Se ele for muito arisco, faça no carro porque eu percebi que é uma melhor escolha”, relatou a jovem.
Sintomas da raiva
De acordo com José Antônio Noleto, que é médico veterinário, a raiva animal é uma zoonose que não tem cura e que pode ser transmitida para humanos. Com relação aos sintomas da doença, ele explica: “O animal fica agressivo, tanto com o dono como com outros animais e até com objetos, ele fica com a língua para fora, aumenta a salivação, fica com o andar cambaleante, não consegue beber água, não consegue se alimentar, ele espalha a água e a comida no ambiente, tem o aumento das pupilas, o olho fica opaco, a mandíbula trava e, com a evolução da doença, acaba ocorrendo uma paralisia dos músculos e o animal vem a morrer”.
Ato de amor
Conforme Noleto, a vacina antirrábica tem eficácia durante um ano, por isso, é importante que os tutores levem seus pets para serem vacinados todos os anos. Para ele, trata-se de um gesto de amor e de responsabilidade. “É um gesto de amor porque você quer seu animal bem pelo maior tempo possível. Ao vaciná-lo, você está protegendo seu animal, você e sua família porque se ele pegar, você corre o risco também de pegar. E a raiva tem prevenção porque tem vacina tanto em humanos, quanto nos pets, mas ela não tem cura. E todos os casos, 100%, são fatais, tanto em pets, quanto em humanos”, alerta.