Cidades

Como a tecnologia pode ajudar no fortalecimento da geração prateada

Apontada como uma das megatendências do século pela Organização das Nações Unidas (ONU), o aumento da população com mais de 60 anos traz consigo inúmeras transformações e desafios para a sociedade. As projeções feitas pela entidade mostram que o Brasil deve ser o sexto país com maior número de pessoas maduras até 2050. 

Estudos da Hype 50+ apontam que a ideia de longevidade mudou e, com ela, as necessidades do público mais velho. Os prateados não estão apenas vivendo mais, estão vivendo com qualidade, conservando a produtividade e cultivando hábitos saudáveis. Estão cada vez mais atentos aos cuidados com o seu bem-estar e sua saúde. 

No Brasil, mais de 30 milhões de pessoas já possuem mais de 60 anos, e esse público, consumidor e ativo, cresce 3% no mundo inteiro a cada ano, de acordo com um levantamento feito pela Economist Intelligence Unit. Apesar de representarem uma considerável fatia do mercado consumidor, os maduros encaram com frequência dificuldades para encontrar produtos e serviços com usabilidade adequada ao seu momento de vida. 

Então como preparar toda uma rede de negócios, organizações e pessoas para o aumento da expectativa de vida da população? A tecnologia se torna cada vez mais presente na vida dos prateados, pois muitas atividades do cotidiano passam pelos ambientes digitais, como o pagamento de contas, compras em e-commerce e supermercados, emissão de documentos e até a velha e boa lista telefônica.

Apesar dos desafios, como letras pequenas nos aplicativos, dificuldade em utilizar algumas funções dos smartphones e uma certa sensação de insegurança relacionada às transações comerciais, estudo da Kantar Tecnologia mostra como as mudanças impostas ao longo de 2020 contribuíram para acelerar a inclusão digital dos maduros. Este ano eles têm estado cada vez mais conectados: 64% acessaram a internet nos últimos 30 dias, um aumento de 101% em relação aos últimos cinco anos. 

Em dezembro do ano passado, a Assembléia Geral das Nações Unidas declarou o período de 2021 a 2030 como “a década do envelhecimento saudável”. Na ocasião, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou o papel de governos, sociedade civil e setor privado no compromisso de não apenas prolongar a vida, mas também melhorar a qualidade desses anos a mais.

Neste contexto, fica claro que no Brasil há muito a ser feito, e a tecnologia ganha protagonismo como a maior aliada dos maduros, principalmente quando o assunto é saúde e bem-estar. 

Algumas healthtechs, focadas em soluções para uma longevidade saudável, estão revolucionando o modo como essa comunidade madura consome tecnologia, se cuida e ganha qualidade de vida. É nesse cenário que surgem plataformas como a Bem te quero 60+, que funcionam como um elo de confiança a conectar os clientes maduros e seus familiares a profissionais e serviços especializados em longevidade, selecionados a partir da curadoria de seus médicos. 

Essas plataformas trazem inovações de navegabilidade, o que vem de acordo ao propósito de dar mais autonomia e praticidade aos mais maduros, e criam hubs para o desenvolvimento de novas tecnologias, soluções e oportunidades de negócio. Quem ganha é a geração prateada. 

* Vinicius Faria é psicogeriatra e Julia De Stéfani Cassiano, oncologista 

Redação

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