Uma mulher e um homem, de 37 e 21 anos, respectivamente, foram presos em flagrante no último domingo (30) por ameaçar e agredir familiares do jovem que estavam prestes a denunciá-lo por envolvimento no homicídio de Augusto César da Silva, 38 anos, que era casado com a suspeita. A vítima foi morta a machadadas e teve a cabeça decepada. O caso ocorreu no município de Santa Terezinha (1.323 km de Cuiabá-MT).
Segundo as primeiras informações, o assassinato brutal ocorreu em 24 de maio, em uma residência na Comunidade Torre, zona rural da cidade.
Conforme a Polícia Civil, a dupla, que mantinha um relacionamento extraconjugal, chegou na residência do rapaz chamando os familiares do mesmo de ‘traiçoeiros’ e fez diversas ameaças de morte caso a polícia fosse comunicada da morte do companheiro da suspeita.
Durante a confusão, o jovem avançou contra sua irmã e quebrou uma cadeira, quando a moça então correu para se abrigar em um quarto e ele continuou a agressão. A mãe dele conseguiu conter os ataques e o mandou embora do local. O agressor acatou a ordem, mas saiu fazendo novas ameaças.
Uma guarnição policial foi até o imóvel e coletou as informações para apurar o ocorrido. Em seguida, os investigadores iniciaram as diligências em busca dos suspeitos, que foram localizados e detidos após rondas pela comunidade. Eles já estavam planejando fugir da cidade.
Encaminhados à delegacia, os dois foram autuados em flagrante por lesão corporal e coação no curso do processo. As prisões foram ratificadas pela Justiça nesta segunda-feira (31), que converteu os flagrantes em prisões preventivas.
O delegado José Ramon Leite explicou que, nas diligências realizadas para apurar a autoria do crime, assim como a realização de perícia, a Polícia Civil reuniu informações de que a mandante do crime foi a ex-mulher da vítima, que agiu em conjunto com o amante.
Os investigadores apuraram ainda que os dois suspeitos estavam destruindo provas do crime. A dupla jogou o machado utilizado no assassinato dentro de um córrego e já tinha se desfeito das roupas utilizadas no dia da ação criminosa.
“A Polícia Civil entendeu que os dois estavam coagindo pessoas que sabiam do crime que eles cometeram. Além da lesão corporal cometida contra um familiar que tinha conhecimento do homicídio que ambos admitiram a autoria”, explicou o delegado José Ramon.