O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, nesta quinta-feira (27), a 'Operação Zircônia' para desarticular um grupo envolvido com a venda de diplomas falsos e cursos sem a autorização do Ministério da Educação (MEC). Foram expedidas 50 ordens de busca e apreensão, bloqueio de contas, suspensão de atividades e aplicação de medidas cautelares diversas à prisão, como uso de tornozeleiras.
Segundo o Ministério Público, a quadrilha também emitia históricos escolares e certificados de conclusão de cursos de ensino superior sem a devida autorização do Governo Federal. Existem indícios da utilização fraudulenta do nome de outras instituições de ensino superior na emissão de diplomas e históricos escolares falsificados.
Ao todo, estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande e um no estado de Minas Gerais. Também ocorrerá sequestro judicial de oito veículos dos investigados e bloqueio de contas bancárias no montante de R$ 910 mil reais. A operação cumpre ainda notificação judicial de medidas cautelares diversas da prisão, dentre elas de monitoração eletrônica (tornozeleira eletrônica).
A deflagração da operação “Zircônia” conta com a participação de integrantes do Gaeco da Capital e das unidades regionais de Sorriso, Cáceres e Rondonópolis e apoio do Grupo Operacional Permanente do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco – Criminal) e da Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (Deccor). O Gaeco é composto por membros do Ministério Público Estadual (MPMT), da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT) e da Polícia Militar (PM-MT).
Nome da operação
Zircônia é uma pedra muito parecida com o diamante. A diferença entre as duas é difícil de ser identificada por pessoas que não são especialistas no assunto, a exemplo das instituições investigadas na operação.