Mato Grosso perde a compra direta de 1,2 milhões de doses da vacina Sputnik V após a rejeição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a importação do imunizante russo contra a Covid-19.
De acordo com a análise técnica da Anvisa, não foi apresentado um relatório capaz de comprovar que o imunizante russo, fabricado pelo Instituto Gamaleya, atende os padrões de qualidade, além disso foram apontadas diversas falhas de segurança, associadas ao desenvolvimento da vacina.
A Anvisa relatou que a falha mais grave se aplica ao adenovírus usado para carregar o material genético do coronavírus e que não deveria se replicar, mas ele é capaz de se reproduzir e pode causar doenças.
As três gerências técnicas da Anvisa (medicamentos, fiscalização e monitoramento) deram pareceres contra a importação. De acordo com a agência, a maioria dos países que autorizaram a aplicação da vacina não tem tradição na análise de medicamento e além disso, em 23 países com contrato, a imunização não começou.
Em Mato Grosso, Mauro Mendes havia anunciado em 31 de março a compra direta de 1.201,500 doses, que seriam aplicadas em duas doses por pessoa para a imunização completa, assim como a CoronaVac.
Cada dose iria custar U$S 9.95 dólares, resultando em um total de U$S 11,95 milhões – cerca de R$ 67,3 milhões de reais.