Opinião

Dia mundial do livro

Brasil: Ações literárias na pandemia

Lembro de tantos livros no Dia Internacional do Livro. Em especial, do meu primeiro livro de leitura, adotado no primeiro ano primário do Colégio Estadual Apolinário Porto Alegre, em Santiago do Boqueirão, no Rio Grande do Sul. Não me lembro mais do nome, mas isso é o de menos. Guardo a alegria de aprender a ler, infelizmente uma sensação desconhecida no Brasil para mais de 1,5 milhão de alunos até 14 anos que não sabem ler e escrever. Naquela época, me dedicava a decorar várias histórias do livro para declamá-las pela casa.

O Dia Internacional do Livro é comemorado em 23 de abril por ser o dia de nascimento ou de morte de escritores como Miguel de Cervantes, Willian Shakespeare, Inca Garcilaso de la Veja, Josep Pla, Maurice Druon, dentre outros. Nessa comemoração, inspirada no escritor pernambucano, Sidney Nicéas, quero falar dos projetos de inclusão literária desenvolvidos por este Brasil.

Em Tesão Literário, declarou Nicéas, autor de Vic e o homem feito de nuvens, O rei, a sombra e a máscara, Noite em Clara: um romance (e uma mulher) em fragmentos: “muitas são as necessidades em meio a uma pandemia. O alimento, indispensável, ocupa sempre o topo das prioridades. O livro, semente-argamassa para o desenvolvimento humano, deveria ocupar espaço maior nessa lista, especialmente num país que teima em ignorá-lo enquanto necessidade.”

O pernambucano destacou cinco projetos de inclusão literária desenvolvidos em São Paulo, Santa Catarina, Ceará, Pernambuco e Mato Grosso. Mesmo em tempos de pandemia, mesmo diante à péssima ideia do governo de taxar venda de livros porque “só ricos” têm hábito da leitura, são os “guerreiros com capas e páginas” que lutam para a democratização do acesso ao livro e à leitura.

  1. Black Angel (São Paulo-SP), idealizado por Katia Pitt;
  2. Biblioteca de Muro (Joinville-SC), idealizado pelo professor Jailson Cordeiro
  3. Inclusão Literária (Cuiabá-MT), de Clovis de Matos, também conhecido por Papai Noel Pantaneiro, um “espalhador de livros”;
  4. Doe livros Fortaleza (Fortaleza-CE), criado por Guilherme dos Reis;
  5. Empreendeler (Recife-PE), projetado pelos educadores, Marco Polo e Ana Carla.

Nossa cidade é sede do projeto de Clóvis de Matos. O Inclusão Literária, maior projeto de inclusão literária da América Latina, vem percorrendo inúmeras cidades de Mato Grosso e de outros Estados. A emblemática figura de seu criador foi recentemente contemplada pela Lei Aldir Blanc, quando a produtora de eventos, Rosiceli de Arruda foi uma das vencedoras do edital Conexão Mestres da Cultura ao apresentar Clóvis de Matos para ser homenageado. Vêm por aí as histórias da menina tagarela em Vovô Clovis, o espalhador de livros. Aguardem!

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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