A vacina tríplice viral contém vírus atenuados de caxumba, sarampo e rubéola; faz parte do calendário nacional de imunização e é aplicada em bebês de até 1 ano, sendo opcional o reforço para crianças de até 4 anos e outro reforço para adultos a partir de 20 anos.
Nos dados preliminares dos estudos coordenados pelo professor Edison Fedrizzi, da Universidade de Federal de Santa Catarina, foi constatado que quem tomou a tríplice viral teve 54% menos chances de ter sintomas da covid-19 e 74% menos chances de ser hospitalizado.
De acordo com o professor da UFSC, Edison Fedrizzi, isso pode ser explicado porque o corpo produz uma reação imune natural contra todos os antígenos quando recebe uma vacina de vírus atenuado ou inativo.
Ainda de acordo com o professor Fedrizzi, a vacina tríplice viral mostrou efetividade de 3 a 4 meses quando tomada na primeira dose e pode ter efetividade de até 8 meses na segunda dose de reforço.
Ele ressalta que a tríplice viral não substitui as vacinas específicas que estão sendo distribuídas atualmente, mas pode contribuir para evitar casos graves nos grupos que não prioritários dessa primeira leva da vacinação.
Atualmente, a vacina tríplice viral é produzida pela Fiocruz. Presente nas campanhas de vacinação desde os anos 70, os efeitos adversos conhecidos da vacina são poucos graves como dor no local da injeção e uma porcentagem menor de pessoas pode ter febre baixa e mal-estar.
Infelizmente a cobertura vacinal da tríplice viral tem diminuído nos últimos anos e, como consequência, o país perdeu em 2019 o registro de erradicação do sarampo. Em 2018, houve mais de 10 mil casos de sarampo com 10 mortes. Por isso, independente da tríplice viral eventualmente prevenir a covid-19, é importante manter sua carteira de vacinação em dia.