A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (31), uma força tarefa para apurar uma organização criminosa envolvida em um esquema de fraude no pagamento do auxílio emergencial e de precatórios judiciais. A Operação ‘Et Caverna’ cumpre mandados judiciais em Mato Grosso e outros 11 estados do Brasil. O grupo teria causado um prejuízo de mais de R$ 15,7 milhões.
Ao todo, a Justiça Federal expediu 12 ordens de prisão preventiva e outras 77 de busca e apreensão. Em Mato Grosso, um dos alvos da ação policial é um servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT). A prática era uma praxe da organização, que cooptava servidores públicos e advogados para obter informações privilegiadas.
Segundo a PF, a organização utilizava documentos falsos com dados dos beneficiários dos precatórios, mas com a fotografia dos estelionatários, para efetuarem os saques nas agências bancárias. Em seguida, os suspeitos dividiam o montante para várias contas bancárias com o objetivo de ocultar a ação criminosa. O rombo estimado é de R$ 13 milhões.
Porém, com a interrupção temporária do pagamento de precatórios realizado pela Caixa Econômica Federal, os golpistas mudaram de modalidade e passaram a fraudar as parcelas dos contemplados pelo auxílio emergencial. A polícia constatou que cerca de 1.570 saques foram efetuados entre abril passado e março de 2021, gerando um prejuízo de R$ 1,3 milhão.
Nome da Operação
O nome da Operação, “Et Caterva”, se trata de expressão em latim, utilizada de forma pejorativa, que denota a ideia de um grupo de comparsas, visto que a investigação identificou um grupo de pessoas que se uniram no propósito de cometer os delitos hoje desarticulados.