Uma mulher de 36 anos foi presa na madrugada desta quinta-feira (4), após confessar o assassinato do marido, no assentamento Jaguaribe, no município de União do Sul (660 km de Cuiabá-MT). O corpo do homem de 48 anos tinha sido enterrado dentro de uma cova no quintal da residência do casal. Outros dois suspeitos de envolvimento no caso também foram detidos.
De acordo com as primeiras informações, o homicídio ocorreu na madrugada de 19 de fevereiro. Francisco da Silva, 48 anos, estava dormindo no momento em que foi executado pela esposa com um tiro na cabeça. Depois da ação, a mulher chamou dois jovens, de 21 e 17 anos, para esconder o companheiro nos fundos da casa onde mora.
O delegado Pablo Carneiro explicou que a polícia detectou diversas contradições nos depoimentos prestados pela criminosa durante as investigações e que, mesmo após enterrar a vítima, a mesma ainda tentou eliminar outros vestígios do crime. Aos agentes de segurança, ela disse que cometeu o crime porque era constantemente agredida por Francisco.
“Ela arrumou alguém para cavar esse buraco nos fundos da casa, alegando que seria um tanque para peixe e combinou com a filha de uma vizinha e um outro rapaz, para que os dois levassem o corpo até o buraco e tampasse. Na segunda-feira, depois de ter limpado a casa, ela percebeu que a cama estava com bastante cheiro de sangue e resolveu colocar fogo, até para não deixar vestígios do crime”, completou.
Segundo as investigações, a mulher usou um telefone celular e o revólver utilizado na execução para pagar os comparsas.
Diante das evidências, a suspeita foi detida em flagrante por ocultação de cadáver e será indiciada por homicídio qualificado. A polícia conseguiu localizar os outros dois acusados de participação no crime e os encaminharam para a delegacia. O jovem responderá por ocultação de cadáver, corrupção de menores e posse ilegal de arma de fogo. Já o adolescente será responsabilizado por ato infracional análogo ao delito de ocultação de cadáver.
O corpo foi removido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e liberado para o Instituto Médico Legal (IML), onde serão realizados os exames de necropsia. O laudo deve ficar pronto nos próximos dias.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Judiciária Civil (PJC).