A aglomeração registrada no sepultamento do pastor Sebastião Rodrigues, líder da Igreja Assembleia de Deus em Mato Grosso, em j ulho de 2020, está sendo alvo de investigação por parte do Ministério Público Estadual (MPE). O objetivo da é apurar se houve danos à saúde coletiva, já que o fato ocorreu em plena pandemia da Covid-19.
A iniciativa é do promotor de Justiça Alexandre Guedes, do Núcleo de Defesa da Cidadania de Cuiabá, que justifica a portaria para apurar suposta lesão ao direito a saúde da coletividade em virtude de “aglomeração ilegal ocorrida no sepultamento de líder religioso nesta Capital”.
O inquérito, de acordo com o promotor, se originou a partir de denúncia recebida pelo MPE sobre a aglomeração e descumprimento de regras por parte da administração pública.
O pastor morreu após dias internado com covid-19. Ele tinha 89 anos e era presidente da Igreja Assembleia de Deus em Mato Grosso. Figura importante para diversas cidades do estado, seu cortejo e sepultamento foi acompanhado por milhares de pessoas, com direito à homenagem da banda da Polícia Militar.
Na época, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) e o secretário de Ordem Pública, coronel Leovaldo Sales, foram multados por não fiscalizarem e impedirem o ato. O chefe do Executivo repreendeu o secretário, mas este, por sua vez, disse que a aglomeração era justificável por se tratar se relevante figura pública.