O governador Mauro Mendes (DEM) classificou, na manhã desta terça-feira (26), na Arena Pantanal, durante coletiva de imprensa sobre o Centro de Triagem, como “equívoco gigantesco” uma decisão favorável do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de um recurso da Defensoria Pública de Sinop (500 km de Cuiabá).
A Defensoria conseguiu, liminarmente, tirar da competência da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública casos envolvendo a Saúde, como internações, cirurgias, compra de remédios, próteses, entre outros, para que outros magistrados possam decidir sobre os pedidos.
Mauro argumentou que ainda não tem conhecimento profundo sobre o teor da decisão do STJ, mas disse que vai se reunir com a Procuradoria-Geral do Estado, ainda hoje (26), para saber que medidas adotar para reverter a situação.
O chefe do executivo estadual relatou que antes da Vara Especializada da Fazenda Pública decidir sobre os casos envolvendo a saúde, Mato Grosso era roubado.
“O Estado de Mato Grosso era, literalmente, roubado por algumas máfias que existiam na saúde, extorquindo o Poder Público. Cirurgia que na iniciativa privada custava R$ 50 mil, através de judicialização, cobrava R$ 300 mil. Tinha internação de UTI que custava R$ 3 milhões, no privado seria R$ 200 mil, isso foi um grande esquema de desvio de dinheiro público ao longo de décadas”, alertou ao criticar a decisão do STJ.
O governador disse ainda que vai mostrar uma planilha em que o Estado teve uma grande economia com os casos judicializados da saúde na Vara Especializada da Fazenda Pública.
“Se isso não for revertido (na Justiça), vai trazer prejuízos, e eu vou abrir uma guerra gigantesca contra essas máfias que sempre existiram no Estado de Mato Grosso”.