Rondonópolis (212 km da Capital) vive um momento de colapso na saúde em decorrência do avanço de casos graves de pacientes infectados pelo novo coronavírus. A cidade opera hoje com 31 leitos para atendimento a pacientes com quadro clínico grave, incluindo o hospital particular da Unimed, no entanto, neste momento são 37 pacientes lutando pela vida contra a covid no município.
Conforme o último boletim epidemiológico, emitido nessa sexta-feira (22) pela Secretaria Municipal de Saúde, o Hospital Regional que tem 10 leitos de UTI, e a Santa Casa, com 20, estão completamente lotados, sem nenhuma vaga disponível.
A Unimed, unidade de saúde particular, conta com um único leito de UTI para a covid, porém, está com seis pacientes aguardando vaga, em estado grave.
O município tem hoje uma defasagem hospitalar, em relação a leitos de UTI, de 19,35%.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que oferece 10 leitos para tratamento semi-intensivo aos pacientes vítimas da covid está com 100% das vagas disponíveis.
Os leitos de enfermaria nos hospitais públicos: Hospital Regional, Hospital Antônio Muniz e UPA, que juntos oferecem 76 vagas, têm disponível hoje 52.
As unidades de saúde privada: Santa Casa, Unimed e Materclin dispõem de 33 leitos de enfermaria, no entanto, 15 estão ocupados.
Podemos ressaltar ainda que enquanto a Unimed com três leitos, todos ocupados e ainda com outros três pacientes aguardando a liberação de uma vaga para internação. O Materclin está com suas quatro vagas de leitos disponíveis.
A Santa Casa, no entanto, que oferece 26 leitos de enfermaria no total, tem 17 disponíveis.
Em detrimento da falta de leitos de UTI, justamente para atender realmente os pacientes graves e com risco de morte, a Prefeitura de Rondonópolis ressalta que está realizando o processo de licitação para a instalação da rede de gases no Hospital Municipal Antônio Santos Muniz para que os 10 leitos semi-intensivos sejam transformados em UTIs.