O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), afirmou que o Governo do Estado precisará convencer o Município da viabilidade de implantação do ônibus de trânsito rápido (BRT) em detrimento do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), defendido pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Desde que o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou a mudança do modal, no final do ano passado, teve início um cabo-de-guerra com Emanuel, que chegou a ingressar com ações judiciais para tentar barrar a troca. Até o momento, ele não obteve êxito em nenhuma das ações.
"Obviamente o Governo terá que convencer o Município da viabilidade do BRT e não do VLT. Por que não o VLT? Porque com esse dinheiro, de repente, a gente quase conclui o VLT", afirmou, em referência ao montante de R$ 430 milhões que serão usados para implantar o BRT. Para o VLT seria preciso R$ 763 milhões.
Ele defende que o prefeito tem tratado do assunto com transparência e apenas "exige respeito".
"Toda intervenção feita dentro do Município tem que ter a aprovação do Município. O que o Emanuel tem deixado claro é que qualquer coisa tem que ser discutido com os técnicos do Município", disse.
"O que precisa ser feito é que se tenha respeito à questão municipal para que a gente possa conduzir isso sem maiores atritos", acrescentou.
Sem radicalismos
Sobre o posicionamento recente do governador, de que se Emanuel barrasse a obra do BRT poderia deixar a Capital sem nenhum dos dois modais, Stopa disse não ser "o momento para radicalismos".
"Cuiabá quer o VLT e a equipe está discutindo isso. Não há lugar para radicalismo. Acho que o prefeito, no momento certo, vai se posicionar quanto a isso", completou.