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Para evitar infecção por Covid-19, aulas presenciais em 2021 serão realizadas em dias alternados

As aulas presenciais em Mato Grosso recomeçam em 1° de fevereiro do ano que vem, com algumas mudanças para evitar a contaminação do novo coronavírus.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), para garantir a segurança de estudantes e funcionários, os alunos irão estudar na escola em dias alternados. Um dia o estudante vai para a escola e, no outro, vai estudar em casa.

Com isso, apenas 50% do total estará presente nas escolas.

A secretária adjunta de Gestão da Educação da Seduc, Irene de Souza, diz que será necessário a ajuda dos pais para evitar prejuízos ao aprendizado.

“Precisamos voltar com 50% dos estudantes de forma presencial e 50% não presencial, ou seja, os estudantes que estarão na segunda-feira de forma presencial, na terça-feira estarão de forma não presencial. Então é muito importante que os pais e responsáveis por esses estudantes nos ajudem para que os filhos, no momento em que estiverem em aulas não presenciais em casa, se esforcem, façam as atividades para que realmente a gente consiga entrar nesse processo de recuperação das aprendizagens de 2020, que é um processo muito importante”, afirma.

A carga horária será estendida. Serão 1.120 horas/ aulas, 320 horas a mais para recuperar o conteúdo deste ano.

“Nós já estamos fazendo um estudo de quais são as habilidades e competências que eles precisam desenvolver ao longo desses dois anos de uma maneira que a gente possa analisar a progressão dessas aprendizagens e desses prejuízos que eles tiveram em 2020”, afirma.

Para a volta as aulas presencias, as escolas não vão ser reformadas e algumas receberão recursos. A Seduc disse ter repassado R$ 3, 5 milhões para que 717 escolas estaduais estejam prontas para atender de acordo com as medidas de biossegurança.

"Temos a máscara, álcool em gel, termômetro digital, várias questões e itens que precisam ser adquiridos para esse retorno. No entanto, esse recurso do que foi disponibilizado agora no início de dezembro não é único, a escola recebeu o O Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) e o 4° repasse agora de dezembro. Algumas escolas deixaram de receber neste momento porque estão pendentes com prestação de contas. Então a Seduc vem trabalhando particularmente com cada uma delas de acordo com a situação de cada escola para que regularize a prestação e recebam o repasse”, afirma.

Os pais ou responsáveis que não sentirem segurança em enviar o filho para a escola pode pedir para que continue estudando remotamente.

“Nós estamos com esse cuidado com os estudantes do grupo de risco. Então aquele pai que não se sente preparado para enviar os seus filhos que se encontram no grupo de risco, nós estamos preparando essa oportunidade para que eles continuem de forma não presencial, mas é muito importante todos retornarem para a escol para que essas perdas não se tornem ainda mais prejudiciais para o processo de aprendizagem de cada um deles”, afirma.

Sobre o transporte público na zona rural, a secretária alegou que serão disponibilizados álcool em gel e termômetro nos ônibus para conferir a temperatura dos estudantes. Nas escolas, aqueles que não se sentirem bem terão atendimento especial e os pais serão comunicados.

Mas mesmo assim os estudantes ainda se dizem preocupados com os riscos de contaminação pelo coronavírus nos ônibus e dentro das escolas.

A estudante do ensino médio Lanna Gonçalves, por exemplo, disse que ainda não se sente segura para voltar para a sala de aula e avalia que a rede pública já não tinha estrutura suficiente antes da pandemia e que agora vai ser mais difícil.

“Não me sinto segura por conta da falta de estrutura que nós alunos da rede pública presenciamos nas escolas. No ano passado, nós tínhamos os mesmos problemas a respeito da falta de estrutura como ausência de artigos higiênicos no banheiro e eu fico imaginando com a pandemia vai ser difícil do jovem se adaptar a nova realidade. Também vai ser difícil para que nós tenhamos o que é necessário para nos proteger”, afirma.

Lanna ainda está preocupada com outro desafio. Por causa da pandemia, o ano letivo de 2020, só vai ser concluído em 2021. Ela vai ter que dar conta de duas séries no mesmo ano.

“Nós precisamos desenvolver concentração, precisamos ter foco, disciplina para assistirmos todas as aulas de modo contínuo. Também envolve uma readaptação do professor para proporcionar aulas criativas, aulas com interação entre os alunos. Só esse fator já influencia nosso desempenho, imagina agora com duas séries como vai ser cansativo para os alunos lidarem com isso”, afirma.

O estudante Pedro Henrique Mendes disse que também está com medo e que se preocupa com o transporte público, já que precisa pegar ônibus, que normalmente estão lotados, para ir até a escola.

“O transporte coletivo é um lugar muito propício para a contaminação do coronavírus. Eu pego quatro ônibus, dois na ida e dois na volta”, afirma.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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