O Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá suspendeu os atendimentos a partir desta quarta-feira (16) por conta de falta de repasses da Prefeitura da Capital. O Hospital de Câncer também paralisou parte das atividades pelo mesmo motivo.
Segundo nota divulgada pelo Hospital Geral, a dívida do município soma R$ 4.329.702,04 e os atendimentos serão retomados quando o valor for quitado. Em 31 de agosto, o hospital havia paralisado atividades também por falta de repasse.
O valor encaminhado aos hospitais é oriundo do Fundo Nacional de Saúde e está sendo repassado regularmente pelo governo federal aos municípios, no entanto, o dinheiro não está chegando à conta do hospital.
“Essa medida se torna absolutamente necessária, ao passo que a falta desses recursos impedem o Hospital Geral de adquirir insumos básicos e medicamentos para a manutenção das atividades com segurança e eficiência”, diz trecho da nota do hospital. A paralisação atinge pacientes ambulatoriais e procedimentos eletivos.
Conforme a unidade hospitalar, os valores devidos correspondem a R$ 1.714.280, 84, de valores contratuais pré-fixados; R$ 1.123.228,43 do SIH Alta Complexidade; R$ 314.636,23 do SIA Alta Complexidade; R$ 1.058.021,72 da Rede de Urgência e Emergência e R$ 119.534,82 do Incentivo da Rede Cegonha.
“Importante salientar que essas dívidas remontam a gestão passada da SMS, e que a nova secretária tem mantido um bom relacionamento e contato direto e aberto com os hospitais”, consta na nota.
Outro lado
A respeito dos repasses em atraso junto ao Hospital de Câncer de Mato Grosso, a Secretaria Municipal de Saúde informa que:
"- Reconhece que ainda há valores a serem pagos, referentes a uma série de serviços prestados pela filantrópica, mas que não foram liquidados devido a diversos fatores. Um deles, trata-se da ausência de repasse por parte do governo do estado, que se comprometeu em dar resposta até sexta-feira (18) sobre o pagamento, e uso de recursos para custeio do combate à pandemia de Covid-19, haja vista que o Município não somente arca com os custos do atendimento à população cuiabana, mas aos pacientes que vêm do interior do estado, sem a devida contrapartida;
– Já foi apresentada à direção do Hospital de Câncer uma proposta de pagamento parcelado dos valores em atraso e também de quitação dentro do mês trabalhado;
– A gestão municipal assevera que não mede esforços para equacionar a situação em tempo célere".