Cidades

Experimento de alunos de MT sobre lactose em astronautas é enviado à Nasa

Um projeto desenvolvido por três alunos de uma escola de Sorriso, na região norte do estado, foi enviado aos Estados Unidos para ser testado pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa). O experimento busca entender se a gravidade interfere de alguma forma no processo de degradação, consumo e quebra da lactose. Foram criados tubos com substâncias diferentes e separadas por presilhas.

O experimento foi enviado no domingo (6) para a Estação Internacional Espacial (ISS).

Ele já havia sido testado no Brasil, mas é preciso ser testado no espaço para ver a eficácia em astronautas.

O tubo contém três compartimentos e armazena medicamentos para intolerância à lactose, caldo de carne e bactérias, separadamente.

O projeto Garatéa – ISS incentiva a criação de experimentos de alunos dos Estados Unidos e Canadá para ser levados e testados no espaço. O Brasil é o primeiro país da América Latina a integrar o programa. Um total de 285 escolas concorreram com 171 projetos inscritos.

Professora de física e os três alunos que fazem parte do projeto — Foto: Arquivo pessoal

 

Eduardo Vieira, Karine Ascoli e Larissa Paes são estudantes de um colégio particular de Sorriso e criaram o projeto junto com a professora de física Michele Poleze.

Para Eduardo Vieira de 17 anos, o mais difícil foi realizar a última parte do projeto.

“A parte mais difícil para mim foi a construção final da ideia, pensar nos pequenos detalhes, ajustar os tempos, qual bactéria, quanto de cada bactéria e o quanto de lactose. Todos os testes envolvendo essas questões e todas as pesquisas extensas que tivemos que fazer no meio acadêmico”, afirma.

Segundo a integrante do projeto Karine Ascoli, a escola enviou dois projetos para a Universidade de São Paulo (USP) que analisou e selecionou os 10 melhores projetos do país. Dos 10, apenas três foram enviados para os Estados Unidos e a Nasa analisou e selecionou apenas um deles para ser enviado.

Experimento busca entender se a gravidade interfere de alguma forma no processo de degradação, consumo e quebra da lactose — Foto: Arquivo pessoal

Por causa da pandemia da Covid-19, os alunos não puderam participar de outras etapas do programa.

De acordo com a integrante Larissa Paes, o projeto seria apresentado em um Congresso nos Estados Unidos proporcionado pelo programa, mas com a pandemia, foi cancelado.

“A pandemia em si dificultou mais na parte da experiência física que a gente iria proporcionado pelo projeto Garatéa que seria ir até um Congresso em Washington nos Estados Unidos, apresentar o experimento para alunos e cientistas do mundo todo, conversar e ver como é. Ter essa experiência de poder apresentar o nosso projeto para pessoas que estão no ramo da ciência, eles poderem julgar e ter uma resposta”, afirma.

A professora de física e orientadora, Michele Poleze, conta que nas primeiras semanas houve orientações teóricas a respeito do projeto e depois eles trabalharam as etapas do método científico. Depois das seleções de ideias, eles se inscreveram no programa.

Além disso, os integrantes fazem uma apresentação para os alunos da escola elegerem o experimento que será desenvolvido e enviado. Há a participação de todos os alunos da escola na seleção dos projetos.

Redação

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