Política

“Ser investigado não torna ninguém leproso” diz Mauro sobre servidor citado pela PF

O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que ainda não tinha conhecimento sobre um dos servidores da Casa Civil do Governo de Mato Grosso, em cargo comissionado nível DGA 5, que foi citado pela Polícia Federal na Operação Chapéu de Palha, deflagrada nesta quarta-feira (9). Segundo o chefe do Executivo, no entanto, “estar sendo investigado não torna ninguém leproso”, e o caso deve ser tratado na justiça.

Klaus Cesar Souza dos Santos, sócio da JC Multieventos, ocupou cargo em comissão no gabinete da Secretaria da ALMT, quando Mauro Savi era 1º secretário, e atualmente está em cargo comissionado na Casa Civil. Ele foi um dos citados na operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (9).

“Não tenho nenhum conhecimento ainda sobre isso, mas se tiver o cara vai ter que responder. Estar sendo investigado não torna ninguém leproso, você tem que entender primeiro o que está acontecendo, qual é o objeto. Porque eu já fui investigado e fui inocentado pelo Ministério Público, pela Polícia Federa e pelo juiz federal”, disse Mauro.

“Ter alguém investigado não significa que essa pessoa tem que ser execrada da sociedade, do cargo e do trabalho dele. A investigação tem que ser vista com naturalidade, seja onde for, quem quer que seja, tem o direito de se defender, mostrar e provar se ele é inocente, se é culpado, mas eu não tive ainda essa informação”, finalizou o governador.

Chapeu de palha

Foram cumpridos 39 mandados de busca e apreensão em vários municípios de Mato Grosso (Rondonópolis, Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Alto Taquari, Itiquira, Juscimeira, Jaciara, São Pedro da Cipa, Dom Aquino, Alta Floresta) e Votuporanga/SP. 

Ao todo, foram empregados mais de 130 policiais federais no cumprimento das ordens judiciais. A Controladoria Geral da União (CGU) participou da fase preliminar de levantamento das informações. Outros detalhes não foram repassados por conta do sigilo das investigações.

Foram cumpridas ordens nos gabinetes dos deputados estaduais Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, e Romoaldo Júnior (MDB). O parlamentar Dilmar Dal'Bosco (DEM) e o ex-legislador Mauro Savi também são alvos.

Afastamento de secretários

Em 2018, a  Justiça de Mato Grosso determinou o afastamento de dois secretários de Itiquira, que eram sobrinhos do prefeito Humberto Bortolini. Eles são investigados pelo crime de nepotismo, em função da lei municipal que disciplina o assunto. 

O Ministério Público Estadual (MPE) afirma que o prefeito nomeou parentes de até terceiro grau para exercer cargos na administração pública, o que caracteriza a prática de nepotismo, proibida em lei.

Por causa disso, os secretários de Infraestrutura e Obras e de Agricultura e Meio Ambiente foram exonerados.

A Secretária de Administração, que é irmã do prefeito, também deixou o cargo após exoneração.

A Prefeitura de Itiquira alega ainda que possui um Termo de Ajustamento de Conduta com o MPE que permite a as nomeações de pessoas com laços consanguíneos apenas para os cargos de secretários.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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