A campanha Dezembro Laranja busca conscientizar a população sobre o câncer de pele. A dermatologista credenciada ao Mato Grosso Saúde, Aline Mie Nakagawa, da Clínica Vida, pontua que as pessoas devem ser sensibilizadas a conhecer o próprio corpo e estarem atentas a qualquer alteração na pele.
Os tumores de pele estão relacionados a alguns fatores de risco, principalmente à exposição aos raios ultravioletas do sol. Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol são mais vulneráveis ao câncer de pele não-melanoma.
“O não-melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Esse câncer apresenta altos percentuais de cura, se for detectado e tratado precocemente”, esclarece Nakagawa.
A dermatologista informa que, entre os tumores de pele, esse é o mais frequente e de menor mortalidade, mas caso não seja tratado corretamente, ele pode deixar sequelas expressivas.
Para ela, o câncer de pele é raro em crianças e pessoas negras, com exceção dos portadores de doenças cutâneas, e comum em indivíduos com mais de 40 anos. Todavia, Nakagawa destaca que os jovens têm se exposto cada vez mais aos raios solares e isso tem feito com que a média de idade dos pacientes diminua.
“Entre os fatores de risco está a exposição prolongada e repetida ao sol, ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou claros, ou ser albino. Além disso, o histórico pessoal ou familiar do câncer de pele, sistema imune debilitado e exposição à radiação artificial”, explica.
Aline Nakagawa orienta que seja evitada a exposição prolongada ao sol, entre às 10h e 16h, sempre procure locais com sombra. A indicação também é a utilização de proteção adequada, como roupas, boné ou chapéu de aba larga, óculos escuros com proteção UV, sombrinha e barraca.
“É muito importante que se aplique o protetor solar na pele antes de se expor ao sol, com no mínimo, 15 de fator de proteção. Também existe filtro solar próprio para os lábios”.
Sintomas e ajuda médica
Nakagawa destaca que diante de lesões suspeitas, um especialista deve ser procurado para realizar um diagnóstico que geralmente é feito através de um exame clínico. Em algumas situações, é necessário que seja utilizado a dermatoscopia, exame no qual se usa um aparelho que permite visualizar algumas camadas da pele não vistas a olho nu. Alguns casos exigem a biópsia.
“O paciente tem que suspeitar de qualquer mudança persistente na pele, seja no aparecimento de um nódulo, uma ferida que não cicatriza em até quatro semanas, uma mancha vermelha, um nódulo ou ferida que sangra ou forma uma crosta. quanto mais precoce for sua identificação, melhores serão os resultados do tratamento”, informa a dermatologista.