O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) voltou muito abatido da reunião que teve no horário de almoço com o governador Mauro Mendes (DEM). Caminhando em passos rápidos pelo Salão Negro da Assembleia Legislativa, o semblante do presidente mostrava que não teve acordo o projeto que prevê a isenção dos descontos previdênciários dos aposentados poderá ser rejeitado pelo Palácio Paiaguás. O fato novo é que a pauta não entrará em discussão nesta quarta-feira (2), como era esperado.
Botelho foi ao Palácio Paiaguás junto com o líder do governo, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), e o deputado Carlos Avalone (PSDB). Rapidamente, Botelho disse que o encontro não terminou em consenso. "A reunião não teve nenhum avanço, não teve conclusão nenhuma. Qualquer medida, altera muito. Vamos colocar para votar de qualquer jeito", disse Botelho. Porém a decisão entre os pares tomou outros rumos e o projeto, mesmo com vencimento de prazo datado para hoje, ele será apenas entregue amanhã.
O projeto em questão é o PLC – 36 e prevê a isenção dos servidores aposentados e pensionistas do desconto previdenciário de 14%. A proposta engloba aqueles que recebem abaixo do teto do INSS, cerca de R$ 6,1 mil.
O deputado Carlos Avalone também falou com o Olhar Direto e disse que por enquanto, por falta de alguns cálculos, o governo ainda não se mostrou satisfeito com o substitutivo.
"O governador está sensibilizado, a equipe também. Eles [equipe do governo] sabem que tem que avançar, mas ainda estamos longe de um número que seja adequado para as pretenção da AL, dos aposentados e do Governo. Foi pedido mais alguns cálculos, que estão em dificuldade pra fazer hoje, mas amanhã entregaremos e até quarta e quinta voltaremos a falar no governo. O que sabemos é que o projeto não será votado hoje", disse Avalone.
Além de Avalone, Dilmar e Botelho, o secretário Mauro Carvalho, porta voz do governo, também participou da reunião. Mauro Mendes não está satisfeito com o que foi aprovado e já fala em possível desestruturação do caixa do estado se a PLC for aprovado. Por enquanto, em caráter informal, o governo já se mostrou insatisfeito com o andamento e possibilidade de aprovação da pauta em plenário.