Anexo 18 da delação premiada firmada pelo ex-deputado estadual José Riva aponta esquema de empréstimos em nome de servidores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Segundo informado, 166 empréstimos foram contraídos junto ao Banco Real para o pagamento de dívidas com juros maiores. O ex-parlamentar aponta dano ao erário de R$ 2,9 milhões.
Riva informou que diante das dificuldades cada vez maiores de obtenção de crédito, em função da inadimplência junto às Factorings de João Arcanjo Ribeiro, as transações com o Banco Real foram uma forma que a Mesa Diretora encontrou de levantar recursos a juros acessíveis para reduzir as dívidas de juros mais elevados.
Os valores eram posteriormente liquidados com dinheiro público proveniente das contas da ALMT. Dinheiro da Casa de Leis era sacada a título de pagamento de contratos simulados de aquisição de bens ou tomada de serviços celebrados com empresas fictícias. Empréstimos também foram contraídos para fins eleitorais e pessoais.
Segundo Riva, a maioria dos servidores utilizados sequer constavam da folha de pagamento. Eram colocados apenas para esse fim. Outros eram de fato servidores, porém, apenas, endossavam os cheques ou sacavam e entregavam o dinheiro.
Entre os envolvidos, conforme o ex-deputados, estão:
José Geraldo Riva
Humberto Bosaipo
Luiz Eeugênio de Godoy (falecido)
Nivaldo de Araújo (falecido)
Geraldo Lauro
Paulo da Costa Moura
Agenor Jácomo Clivate
Juracy Brito
Djan da Luz Clivati
José Quirino Pereira
Joel Quirino Pereira
Haroldo de Campos
Guilherme da Costa Garcia
Luiz Dondo Gonçalves