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Em ano atípico, comerciantes antecipam produtos a dois meses do Natal

O consumidor atento já deve ter percebido um movimento inusitado nas lojas. Estabelecimentos comerciais já começaram a se preparar para o Natal, ainda no meio de outubro, faltando dois meses para a data comemorativa. Neste ano atípico, o comércio se movimentou mais cedo para evitar aglomerações e queda nas vendas.

A pandemia da covid-19 não foi gentil com os comerciantes. No entanto, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), mesmo com a pandemia a expectativa é boa para a época mais aguardada entre os comerciantes.

A estimativa da CDL, é que, mesmo diante da pandemia, seja registrado um aumento de 10% nas vendas em relação ao ano passado. Mesmo com a pandemia, os consumidores vão continuar presenteando.

Passado o Halloween ou Dia das Bruxas, celebrado no dia 31, as prateleiras se voltam para os gorros de Papel Noel e árvores natalinas.

A fachada da Fábrica de Festas, no centro de Cuiabá, já está decorada com artigos de Natal. De acordo com a gerente, Gilvana Magalhães, apesar das vendas difíceis, a expectativa é que artigos de decoração seja o “carro chefe” deste ano.

Isso porque as pessoas buscarão este ano realizar a festa em casa, por conta da covid-19. Por conta dessa mudança, a casa deverá estar mais decorada para receber os entes queridos e os clientes vão procurar por mais enfeites e afins.

“A gente espera que o pessoal faça sua festinha em casa, só entre família. Vai ter um clima de família. Antigamente o pessoal ia pra festa, comemoravam fora. Mas acho que esse ano vai ser bom sim, porque vão reunir em família”, relata.

Ela conta que o CDL também vai ajudar a dar um empurrãozinho nas vendas dos lojistas. “Vamos fazer uma promoção final do ano agora, com parceria com o CDL, que inclusive vai ter ate sorteio de carro. vai ser uma coisa que acho que vai agregar muito nas vendas, pros clientes procurarem”, comenta.

No entanto, os comerciantes relatam dificuldade dos fornecedores, que não estão encontrando matéria prima. O gerente da Mundo Festas, Adelson Prado, explica que os produtos nas prateleiras podem vir em menor escala.

Segundo ele conta, o comércio geralmente começa a vender produtos natalinos no meio de novembro. “Esse negócio de festa está diferente. Até os fornecedores nossos já estão receosos. Na verdade, nem sei se vamos ter produto de Natal.

Muitas das empresas não estão conseguindo matéria prima, mas vamos aguardar pra ver o que acontece”, avalia.

A Realmat, no Porto, também já se preparou antecipadamente para o Natal. A gerente comercial Márcia Aparecida também estima que as pessoas vão comemorar em casa.

“Acredito que estão se antecipando pra enfeitar realmente a casa, as empresas querem dar um arzinho de natal, colocar um pouquinho mais de felicidade nesse 2020”, ri.

A loja começou a fazer o estoque já em setembro. Márcia comenta que é muito difícil avaliar se as vendas cairão, porque o momento é de confusão. Apesar de estar otimista, ela também procura precaução.

“Espero que surpreenda, mas ainda estamos retraídos, o mercado está retraído. Existe a preocupação de as vendas vão ser iguais ao do ano passado, ou que a expectativa é que aumente, porque como todo mundo vai estar em casa as pessoas querem um espaço mais bonito”, pondera.

Porém, ela deixa um recado aos clientes: não deixe as compras de última hora, especialmente para evitar aglomerações e também não encontrar o produto que deseja.

“Antecipe as compras de natal, para que não tenha tumulto, para que a gente consiga manter o distanciamento, o bom atendimento, para que todos atinjam suas necessidades e que não haja tumulto, que sabemos que todo ano tem. Que nesse ‘novo normal’ seja mais tranquilo para todos nós”, alerta.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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