O secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante, rebateu as acusações feitas pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), de que o governador Mauro Mendes (DEM) estaria usando a Polícia Civil para tentar prejudicá-lo.
Bustamante negou "uso político" da PJC e afirmou que cabe à Polícia apurar todas as denúncias que recebe contra quem quer que seja, independente do cargo que o investigado ocupa ou do partido político ao qual é ligado.
“O governador jamais me pediu e ninguém vai me pedir para fazer o meu trabalho. Investigação é um ato da área de segurança. Eu sou uma pessoa suprapartidária, sou secretário de Estado, e o governador sabia disso quando me convidou para o cargo”, disse.
“Em qualquer situação que houver denúncia de corrupção contra quem quer que seja, as forças de segurança irão investigar em parceria com o Ministério Público, Tribunal de Contas, Controladoria Geral do Estado, independente de partido, de posição política”, completou.
Segundo Bustamante, se o prefeito ou qualquer outra pessoa alega que está sendo perseguido, deveria confiar no Poder Judiciário.
“Em todas as situações, de mandados de prisões a mandados de busca, tudo é avaliado pelo MPE e pelo Poder Judiciário. A Polícia não faz nada sozinha”, afirmou.
Bustamante ainda ressaltou que se denúncias contra Emanuel foram embasadas em mentiras, os responsáveis serão identificados e arcarão com as conseqüências.
“Nem toda a investigação da Polícia Civil é frutífera. Se realmente inverdades foram ditas, a Polícia Civil vai identificá-las e, se tiver comprometimento de quem quer que seja, [essa pessoa] vai responder à Justiça. Se não tiver, será arquivado. É bem simples”, disse.
Conforme o secretário, Emanuel pode fazer as alegações que bem entender em sua defesa, mas cabe à Justiça fazer a avaliação.
“A Polícia Civil é um órgão técnico, que não se envolve em política, especialmente as áreas especializadas. Não vemos cor, bandeira, raça, nada. Fazemos apenas o nosso trabalho”, concluiu.