Responsável e sempre lembrado pela prisão de João Arcanjo Ribeiro na operação ‘Arca de Noé’, na época em que foi Procurador da República, o ex-governador Pedro Taques (SD) afirma que não tem medo de fazer sua campanha ao Senado agora, mesmo com Arcanjo solto. Segundo ele, o ex-bicheiro já cumpriu sua pena: “Espero que ele possa ser feliz na vida”.
Arcanjo foi preso em 2002, em decorrência da operação Arca de Noé, deflagrada a partir da atuação de Taques junto a outros três procuradores, 22 promotores de justiça e 100 homens das polícias Rodoviária Federal, Civil, Militar e Federal. Segundo Taques, na época o então governador Blairo Maggi chegou a agradecê-lo.
“Dia 5 de dezembro de 2002, depois da Arca de Noé, recebi do governador Maggi, [eu estava] como procurador da República [e] ele disse: Pedro, muito obrigado por você ter tirado o estado do crime organizado, naquele momento. Infelizmente depois existiram situações parecidas com o crime organizado”, afirmou Taques, em entrevista ao Olhar Direto.
Logo após a prisão, a Polícia encontrou uma lista de pessoas “marcadas para morrer”, onde constava o nome de Taques. Durante as duas campanhas dele ao Governo do Estado, o ex-bicheiro estava preso. Desta vez, está livre. Mas o ex-governador afirma não ter medo.
“Em absoluto. Ele cumpriu a sua pena, aliás em razão do meu trabalho, trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e Dr Julier Sebastião”, disse. “Ele ficou preso 15 anos. É o que determina a lei. Nós temos que cumprir o que está na lei. Eu espero que ele possa ser feliz na vida. Eu não desejo ao outro o que eu não quero que seja feito a mim mesmo. Ele cumpriu a pena dele, está na lei, tem que ser solto”, finalizou.