A temperatura chegou a 43ºC em Poconé, no Pantanal de Mato Grosso, nessa terça-feira (29). O tempo seco e quente favorece a expansão dos focos de incêndio.
Um avião agrícola cedido para reforçar o combate às queimadas no Pantanal abasteceu o reservatório de 3 mil litros d'água, e partiu rumo à divisa de Mato Grosso, com Mato Grosso do Sul.
A força-tarefa concentra os esforços para conter o incêndio que se desprendeu da Estação Ecológica Taiamã e está entrando no oeste da Transpantaneira. O objetivo é impedir atingir área preservada em agosto.
Já no Porto Jofre, ao sul da estrada, no meio de uma área queimada o veado caminha ofegante, a cada passo a poeira levanta.
Como ainda não choveu nessa região do Porto Jofre, a umidade está muito baixa, abaixo de 20%. A previsão é de temperatura muito alta, no fim da manhã já tinha atingido 40ºC, e o calor e o tempo seco dificultam o combate às chamas, por causa do fogo subterrâneo em área já queimadas.
Quando o Pantanal fica alagado, a água carrega folhas e galhos. Na seca, tudo isso fica no chão e vai se compactando ao longo dos anos, formando várias camadas e cavidades sob o solo. Com isso, o fogo subterrâneo encontra caminho para voltar a ativa.
Nesse período de pico entre as 14h e 15 h, que a temperatura ultrapasse os 30ºC, vento com velocidade acima de 30 km por hora e umidade abaixo de 30%.
Até as sementes, que poderiam repor a vegetação destruída virou cinzas.
Todas essas sementes estão perdidas porque elas são seca e elas possuem o que a gente chama de halas. Essas halas altamente inflamáveis quando elas caem sobre a serra pilheira, que são aquelas folhas, a matéria orgânica acumulada na superfície do solo, elas estão mais suscetíveis ao fogo e a gente perde todo esse banco de sementes extremamente valioso.