Os incêndios no Pantanal mato-grossense continuam, mesmo após chuvas isoladas terem caído sobre o bioma. Foram registrados, nesta semana, 369 focos de calor no Pantanal, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Desde o início de setembro, até este sábado, já foram registrados mais de 5 mil focos.
Após quatro meses de seca, o estado recebeu as primeiras chuvas no último domingo (20). A última chuva registrada na região, anteriormente, havia sido no dia 22 de maio.
As chuvas atingiram também a cidade de Poconé, a 104 km de Cuiabá, o que amenizou as frentes de incêndio no Pantanal, segundo o Corpo de Bombeiros.
No entanto, o trabalho das equipes de Bombeiros continuam na região, pois apesar dos focos de incêndios terem sido reduzidos, eles continuam a destruir a vegetação e a avançar em pontos onde não choveu, como em Porto Jofre.
Além disso, os focos de incêndios voltaram em lugares que já tinham queimado.
Equipes da Força Nacional começaram nesta sexta-feira (25) a combater os incêndios no Pantanal. A chuva dos últimos dias amenizou a situação, mas o fogo ainda avança em locais onde não choveu, como em Porto Jofre.
Neste sábado, a umidade relativa do ar chega a 16% em Poconé e não deve passar de 37%, bem abaixo do considerado ideal pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 60%.
De acordo com o governo de Mato Grosso, já foram mais de R$ 22 milhões gastos para o enfrentamento dos incêndios no bioma, com o uso de 40 equipes espalhadas por todo o estado para o combate ao fogo, sete aeronaves, três helicópteros e mais de 2.500 profissionais envolvidos, desde bombeiros militares, voluntários, integrantes da Defesa Civil e do Exército.
O governo já aplicou mais de R$ 190 milhões em multas por uso irregular do fogo e tem endurecido contra os criminosos, sendo que as multas estão sendo levadas para os órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, além das implicações criminais.
O aumento das queimadas ocasiona a diminuição da qualidade do ar. Além da fumaça, o tempo quente característico dos meses de julho, agosto e setembro, e a baixa umidade do ar aumentam os riscos de doenças respiratórias.