Conflitos são uma parte infeliz da história humana. Em maior grau, estes envolvem nações inteiras que entram em combate uma com a outra, por conta de causas diversas ou uma mera disputa de territórios que acaba evoluindo em um grande (e infortuno) embate entre estes povos.
Entretanto, desde a Segunda Guerra Mundial e o contexto de criação de organizações internacionais com a visão de moderar e eliminar estes embates – além de implementar mais níveis de cooperação entre povos – esses problemas tem sido menos costumeiros. Vê-se hoje em dia uma visão cada vez mais global e integrada, procurando tirar a partir destas grandes organizações mundiais soluções coordenadas que nos ajudem a eliminar problemas que afetam ao globo como um todo.
Tais problemas são vários, do atendimento às necessidades básicas das pessoas não importa seu nível de renda, até a luta contra o avanço da destruição do meio-ambiente e esforços para que ele seja recuperado. E o Brasil, país gigantesco em nível populacional, econômico, geográfico e ecológico, tem um papel chave nessas causas como criador de soluções, e também como implementador de iniciativas que combatam esses problemas em seu próprio território.
Esse é especialmente o caso no atributo ecológico das causas modernas. Tendo vista a diversidade de ecossistemas que existem no país – que faz o mesmo ser um dos poucos no mundo considerados “megadiversos” por conta de sua enorme variedade de sistema biológica – os esforços realizados aqui para proteger fauna e flora contra os perigos da ação humana a nível local e global tornam-se modelos para outros países.
Isso acaba também elevando as atenções dadas ao Brasil no combate a essas ações negativas, o que pode ser visto como algo prejudicial ao empresariado que depende da manutenção de boas práticas ecológicas para manter seus negócios lá fora. Mas essa dinâmica acaba servindo como uma outra ferramenta de manter os órgãos públicos e privados do país em cheque nestes esforços de proteção ambiental, uma vez que tal proteção é algo que concerne não só os brasileiros, mas também o resto do mundo que depende de nossas florestas para respirar.
A vastidão da fauna e da flora brasileiras, além da diversidade destes ecossistemas, torna a nossa missão de proteger tais ecossistemas muito mais difícil do que em outros lugares mundo afora. Diferentemente das nações europeias e africanas onde muitas vezes se encontram alguns poucos biomas, o Brasil tem seis biomas continentais distintos (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal), além do seu bioma marinho ao longo da costa do país.
Para cada bioma, se faz necessária uma política de proteção ambiental diferente, além de regras que impeçam que a ação do homem prejudique de forma demasiada a manutenção das espécies que além vivem. E isso torna-se ainda mais complicado pelas dinâmicas regionais de cada cidade e estado, cada território desses com seus próprios sistemas políticos e econômicos afetando como se enfrenta a questão de proteção ambiental nas áreas que devem ser preservadas.
No caso do Mato Grosso, o Pantanal é uma riqueza ambiental que gera muitos frutos culturais dentro e fora das nossas fronteiras. Além da novela de mesmo nome, estrelada por Cristiana Oliveira em 1990, e os vários livros da coleção Imagens do Brasil que levam em suas páginas fotos dos animais e das plantas nativas do bioma, o Pantanal inspirou também a criação de Cats, um jogo de slots de cassino disponível na Vegas Slots Online que usa os grandes felinos do mundo – incluindo a nossa onça-pintada – para ilustrar suas telas. E o Pantanal é também cenário de filmes como Cabeza de Vaca, produção mexicana que conta a história do explorador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca.
Muito mais do que ser um cenário de filmes e seriados, o Pantanal é um bioma de suma importância para a manutenção do equilíbrio ecológico no Brasil e no resto do continente sul-americano. Suas queimadas, que tem se tornado cada vez mais frequentes muito por conta do fenômeno de aquecimento global que eleva a quantidade de dias quentes ao longo dos anos, acaba sendo um triste fato para nos relembrar disso.
Por isso também que o mundo tem prestado mais atenção nos eventos que acabam ocorrendo no Centro-Oeste brasileiro, naquilo que concerne não só o Pantanal mas também a expansão de nossa fronteira agrícola. Enquanto as necessidades econômicas do país (e do mundo) são o fator por trás de tal crescimento, condena-se a expansão feita sem controle que infelizmente ainda acomete algumas partes do país incluindo o próprio Mato Grosso. É um fenômeno que já gerou ameaças de sanções ao Brasil perante a falta de ferramentas próprias para impedir esses avanços que tem muitas vezes fins especulativos, e não necessariamente produtivos para a nação em si.
A missão de proteger um território tão vasto quanto o Pantanal é de fato hercúlea. E em um contexto de cortes de gastos na máquina pública ao longo dos últimos anos em todas as esferas governamentais, incluindo órgãos federais de proteção ambiental como o ICMBio e o próprio IBAMA, tal missão torna-se ainda mais difícil de ser cumprida em seu nível máximo de efetividade.
Para tanto, seria inteligente o Brasil se utilizar dos já mencionados acordos internacionais de cooperação para angariar os recursos necessários para essas proteções. É algo já feito por iniciativas como o Fundo Amazônia, mas que geram pouco dinheiro em comparação às quantias necessárias para que esses grandes ecossistemas do país sejam protegidos em toda a sua extensão.
Logo, o Brasil poderia ter grande êxito em passar para o mundo a mensagem de que não estamos nessa batalha sozinhos. Se as grandes nações do mundo querem mesmo combater o aquecimento global e suas consequências, é necessário entrar nos “campos de batalha” onde essa luta está sendo feita. E o Brasil é, sem dúvida alguma, um desses campos.