Uma comissão para avaliação dos desdobramentos econômicos pós-incêndios nas propriedades rurais do Pantanal Mato-grossense foi criada nesta terça-feira (22) pelo Conselho de Desenvolvimento Agrícola Empresarial (CDAE). A comissão também fará proposição de alternativas para recuperação da capacidade produtiva da pecuária pantaneira.
“É urgente construirmos propostas junto à classe produtora. Várias propriedades rurais do Pantanal foram atingidas pelo fogo. Precisamos dar apoio para essa importante atividade econômica desta região de Mato Grosso. É um assunto que já estamos dialogando há dias e precisamos agir”, disse César Miranda, secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do CDAE.
Caberá à comissão identificar volumes de recursos necessários para investimentos e custeio, prospectar linhas de créditos e eventuais disponibilidades de recursos financeiros e, ainda, propor política de fortalecimento da pecuária para médio e longo prazo.
O GT é constituído pelas seguintes instituições: Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Banco do Brasil, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e Sicredi.
“Os produtores rurais terão de recuperar as pastagens de suas propriedades, reconstruir cercas e aumentar investimentos para cuidados com os animais. Este GT é de suma importância para amenizar as consequências causados pelos incêndios no Pantanal”, comentou Amando de Oliveira Filho, consultor técnico da Acrimat.
Os recursos que poderão ser designados para os produtores rurais da região do Pantanal Mato-grossense que tiveram suas propriedades atingidas pelo fogo serão do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) empresarial.
“O GT vai avaliar a possibilidade de remanejar recursos do FCO Empresarial para o FCO Rural com exclusividade para atender os produtores dos municípios pantaneiros de Mato Grosso”, explicou o secretário César Miranda.