O enfermeiro socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) afirmou em primeiro depoimento à polícia, que viu Gaby Cestari, mãe da adolescente de 14 anos que atirou em Isabele Guimarães Ramos, supostamente retirando as armas da família de cima de uma mesa.
O disparo que matou Isabele Guimarães Ramos aconteceu no dia 12 de julho, na casa do empresário Marcelo Cestari, no condomínio Alphaville, em Cuiabá. Após a tragédia, um enfermeiro, que trabalha há 15 anos no Samu, atendeu a ocorrência.
Conforme o depoimento do enfermeiro, o qual o Gazeta Digital teve acesso, ele relata que chegou à residência e logo notou a presença de diversos materiais de manutenção de arma de fogo em cima da mesa. Além disso, o socorrista ainda não sabia que se tratava de um acidente com disparo de arma de fogo.
Quando chegou ao closet, ele conta que também não viu nenhuma arma, munição, case ou qualquer outro material bélico. No banheiro, onde estava o corpo da adolescente, estavam presentes Marcelo Cestari, o médico que também mora no condomínio, Manoel Garibaldi, e uma fisioterapeuta, além de uma quinta pessoa que o enfermeiro não soube precisar quem era.
Após a confirmação do óbito pelo médico do Samu, o socorrista desceu as escadas. No entanto, reparou que uma mulher vestida de vermelho, provavelmente a dona da casa, Gaby Cestari, estava retirando os materiais de manutenção de arma de fogo de cima da mesa.
Assim que a Polícia Militar chegou na residência, o enfermeiro relatou que viu a mulher retirando os armamentos. Ele até mesmo chegou a mostrar para um policial, em seguida, a mesa em que os materiais estavam.
A família Cestari é praticante de tiro esportivo. Em diligências, foram encontradas 7 armas na casa, sendo uma no nome do pai da adolescente que atirou, 4 em processo de documentação junto ao Exército e duas em nome de outra pessoa.