O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não foi localizado para ser notificado a respeito da multa de R$ 200 mil que recaí sobre o gestor por descumprimento de ordem judicial. O secretário municipal de Ordem Pública, Leovaldo Emanoel Sales da Silva, também não recebeu a notificação por não estar na sede da secretaria.
Ambos os gestores foram multados por omissão no cumprimento de medida judicial referente à aglomeração. O juiz da Vara de Saúde Pública de Várzea Grande, José Luiz Leite Lindote, responsabilizou tanto o prefeito quanto o secretário pela aglomeração de mais de cinco mil pessoas no sepultamento do pastor Sebastião Rodrigues de Souza.
No sepultamento, que foi organizado pelo secretário, uma carreata partiu do Grande Templo, localizado na Avenida do CPA, em direção ao cemitério Bom Jesus de Cuiabá. O rito foi transmitido ao vivo por lideranças da igreja Assembleia de Deus em Mato Grosso e contou com diversos flagrantes de desrespeito às medidas preventivas à covid-19.
O juiz levou o fato em consideração na tomada de decisão que prorrogou a validade da quarentena coletiva obrigatória em Cuiabá e Várzea Grande, renovada por decisão judicial na última quinta-feira (23).
De acordo com a decisão, ambos os gestores têm o prazo de cinco dias para realizarem o pagamento total de R$ 300 mil, sendo que R$ 200 mil são do prefeito e R$ 100 mil de responsabilidade do secretário.
A reportagem procurou a Prefeitura de Cuiabá sobre o caso, que apontou que o prefeito se pronunciará sobre o caso neste sábado (25).