O conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE), Waldir Teis, que foi preso por tentar prejudicar o trabalho da Polícia Civil durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão no escritório dele, em Cuiabá, pediu, através da defesa, a revogação da sua prisão.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o conselheiro desce 16 andares de escada para se livrar de quase R$ 500 mil em cheques durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão no escritório dele, em Cuiabá, durante a 16ª fase da Operação Ararath, no dia 17 do mês passado.
Ele foi preso no dia 1º de julho e continua no Centro de Custódia da capital.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o conselheiro – que é investigado por corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro, foi denunciado pela conduta que levou à prisão preventiva no dia 1º de julho.
A prisão foi determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STF), órgão ao qual o MPF remeteu a denúncia contra o conselheiro.
Sobre a denúncia do MPF, o advogado de Waldir informou que, de fato, ele tentou esconder os cheques e que a atitude foi impensada.
"Havia justificativas para aqueles cheques e já foram explicados à Polícia Federal. Ele queria mesmo é preservar seus familiares que estavam sofrendo por conta de todas as acusações e seu afastamento do TCE", afirmou.
A Operação Ararath investiga, desde 2013, a prática de crimes de corrupção, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e organização criminosa por conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso.
Além da condenação pela infração de embaraço à investigação, o MPF requer à Justiça indenização por danos morais coletivos, no valor de R$ 3 milhões, além da prorrogação do afastamento do conselheiro até o trânsito em julgado da denúncia.