A ansiedade é um transtorno que acomete grande parte da população, principalmente neste período de pandemia. Algumas pessoas, quando estão em um grau muito alto de ansiedade perdem o apetite, já com outras acontece o contrário e elas acabam descontando a ansiedade nos alimentos. Nessas ocasiões, pessoas que sofrem desse mal têm preferências por açúcar ou por carboidratos salgados como massas, salgados, lanches, ou até mesmo não têm uma escolha específica, mas todas apenas comem, mesmo sem fome, buscando uma sensação de alívio e bem estar. Tendo como uma de suas causas o desequilíbrio de neurotransmissores, que gera uma “deficiência interna”, as pessoas comem para preencher essa deficiência. A nutrição funcional trata a ansiedade por meio de alimentos que possam modular e equilibrar o indivíduo, como a prática ortomolecular que ajuda com uma suplementação específica para cada indivíduo. Isso é importante, pois cada caso é diferente, podendo ser ansiedade associada a depressão, fadiga associada a ansiedade, depressão/ansiedade com déficit de serotonina, entre outros, o que implica em necessidades nutricionais específicas para cada situação. A suplementação com magnésio, taurina, ácido fólico, teanina e triptofano são excelentes nesse controle, pois aumentam a concentração do ácido gama-aminobutírico (GABA) e diminuem o glutamato no cérebro, neurotransmissores responsáveis por ansiedade e agressividade. Inclua diariamente no seu cardápio alimentos ricos em triptofano como: banana, quinoa, spirulina, ovo, semente de girassol, grão de bico, cacau, kiwi e amaranto. Ovos (são ricos em aminoácidos, por isso tem o poder de aumentar a serotonina que é o neurotransmissor do bem-estar), banana (uma fruta rica em triptofano que faz a serotonina aumentar), carnes e peixes (ricos em aminoácidos, aumentam a disponibilidade do GABA – que é um ansiolítico natural), chocolate amargo (rico em triptofano e antioxidantes), chá preto (rico em teanina). Os chás como melissa, passiflora, valeriana, mulungu que podem ser prescritas tanto na forma de cápsulas ou chás. Os Exercícios físicos são importantes, pois aumentam a sensação de prazer e liberam endorfina. Atualmente, estudos têm comprovado que a meditação é excelente para casos de ansiedade e estresse. A prática relaxa, mas também traz efeitos concretos sobre a nossa saúde. Quem medita consegue reduzir os níveis de adrenalina e cortisol (hormônios associados a distúrbios como ansiedade, déficit de atenção e hiperatividade e stress). E tem um aumento na produção de endorfinas, ligadas à sensação de felicidade. Nós mulheres, em sua maioria, sente “fome” à tarde. Na verdade, essa sensação não é fome e sim vontade de comer, ou por hábito ou por deficiência de serotonina. Então, o ideal seria um lanchinho saudável e rico em triptofano. Que pode ser: banana amassada com 1 col (sopa) de quinoa em flocos e 1 col (sobremesa) de cacau em pó, acompanhado de 1 colher de sopa de semente de girassol e 1 xícara de chá de maracujá ou melissa ou fazer uma panqueca que dá muita saciedade, usando uma banana, um ovo,1 col sopa de farelo de aveia,1 c. sopa de cacau em pó e canela à gosto. Amasse a banana e misture com o ovo e os outros ingredientes. Coloque um fio de azeite numa frigideira (fogo baixo) e jogue a mistura na frigideira. Doure os dois lados. Outro lanche pode ser o chocolate amargo sem açúcar. Lembrando que uma alimentação variada, colorida e fresca é rica em nutrientes que equilibram o organismo e ajudam no tratamento da ansiedade.