Opinião

MALALA YOUSAFZAI: Mais livros, menos violência

Anna Karollyna Silva*

 

Malala Yousafzai é paquistanesa e ativista dos direitos à educação. Nasceu no dia 12 de junho de 1997, em Mingora, região conservadora do Vale Swat. Filha de Ziauddin Yousafzai e Tor Pekai Yousafzai.

 Em determinadas regiões do Paquistão apenas os nascimentos dos meninos são celebrados, das meninas são esperados apenas que fiquem quietas e escondidas atrás das cortinas. São obrigadas a se casar e ter filhos ainda adolescentes, preferencialmente antes dos 18 anos. Malala sempre amou estudar e seu pai, que sempre a apoiou, era diretor e professor da escola onde Malala estudava e sempre estimulou a filha a gostar de história, literatura, física, política e a se questionar sobre as diversas injustiças sociais.

Aos 10 anos, Malala viu o Talibã fazer do Vale Swat seu território, sob o governo de milícias fundamentalistas, e exigiu que as escolas interrompessem as aulas para as meninas durante um mês. Nessa época, Malala criou um blog chamado “Diário de uma Estudante Paquistanesa”, onde escrevia sobre seu amor pelo estudo e dificuldades vividas no Paquistão. O blog era assinado com um pseudônimo, mas em poucos meses a identidade de Malala foi revelada, quando começou a dar entrevistas para diversos jornais.

Aos 12 anos, Malala escondia seu uniforme na mochila para ir à escola e não ser espancada no caminho. Era considerada uma ameaça ao governo.  No dia 9 de outubro de 2012, enquanto voltava para casa, o ônibus escolar foi parado por membros do Talibã que dispararam três tiros na cabeça de Malala. Foi levada rapidamente para o hospital e depois ao Reino Unido para receber atendimentos especializados.

Malala sobreviveu ao atentado e, ao se recuperar, seguiu com suas convicções. Tornou-se porta voz do direito à Educação, em 2014, por conta de seu engajamento para garantir o direito à Educação das mulheres. Tornou-se a pessoa mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, aos 17 anos.

Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. Precisamos da união de todos para que a política de porte de livros vença um ambiente onde o porte de armas seja uma triste realidade, pois não há armas mais poderosa do que o conhecimento, nem maior fonte de conhecimento do que a palavra escrita. Caneta e livros são armas que derrotam as injustiças sociais.

A violência não é combatida com mais violência e sim com educação.

 

*Anna Karollyna Silva, 14 anos, cursa o 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Espírita Maria de Nazaré, Cuiabá.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Opinião

Dos Pampas ao Chaco

E, assim, retorno  à querência, campeando recuerdos como diz amúsica da Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul.
Opinião

Um caminho para o sucesso

Os ambientes de trabalho estão cheios de “puxa-sacos”, que acreditam que quem nos promove na carreira é o dono do