Mato Grosso registrou redução nos principais índices criminais em pouco mais de dois meses. No período de 10 de março, início do isolamento em algumas cidades do país, a 17 de maio, foram contabilizadas reduções em homicídio doloso (-15,6%), roubo (-36,9%), furto (-38,3%), roubo seguido de morte (-54,5), lesão corporal (-26,5) e tráfico e uso de drogas (-28,8%). As informações são referentes aos registros de Boletim de Ocorrência (B.O), em comparação com o mesmo período de 2019.
Os dados são da Superintendência do Observatório de Violência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT). Em 2020, no período abordado, o Estado registrou 141 mortes, contra 167 em 2019.
Os crimes contra o patrimônio também reduziram. Em 2019 foram 2.581 roubos enquanto que em 2020 somou 1.629 ocorrências. Já o crime de furto saiu de 9.137 casos em 2019 e chegou a 5.635. Outras diminuições foram observadas, em roubo seguido de morte (11 em 2019 e 5 em 2020), lesão corporal (3.833 em 2019 e 2.819 em 2020) e tráfico e uso de drogas (1.586 ano passado e 1.130 este ano).
“Alguns poderiam atribuir as reduções à situação da pandemia, mas esta realidade é de Mato Grosso. Em quatro estados da federação os indicadores aumentaram. Todos os investimentos do Governo visam a economia, modernidade, qualidade do serviço, atendimento da sociedade, mostrando a cara do Governo, comprometido com a coisa pública, buscando sempre a excelência com o menor custo”, justifica o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante.
Já o comandante da Polícia Militar, coronel PM Jonildo de Assis, enfatiza o empenho das forças de segurança na atuação a repressão aos índices criminais.
“Eu atribuo esta queda, principalmente, ao trabalho das policiais. Neste período de pandemia chegamos a zerar nosso serviço administrativo e nosso efetivo foi todo para a rua, representando um percentual de quase 30% de homens a mais. E isso tem um impacto direto na questão da redução. O que acontece também é que esses índices já vinham sendo mantidos em Mato Grosso”.
O delegado-geral da Polícia Judiciária Civil, Mário Dermeval, entende que as reduções tiveram, como um dos fatores, o isolamento social. “Isso tudo é um fenômeno em decorrência da situação da Covid-19, em que as pessoas se recolheram, a movimentação social diminuiu. É um fenômeno novo e nossa expectativa é que enquanto a pandemia durar os números continuarão em queda”.
Fazem parte das forças de segurança a Polícia Militar (PM), Polícia Judiciária Civil (PJC), Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Sistema Penitenciário e Sistema Socioeducativo.