Política

‘Lei combate corrupção e reduz contratações do Estado’, afirma governador

O governador Mauro Mendes afirmou que a Lei 662/2020, aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada na última semana, combate a corrupção dentro do Estado e reduz milhares de contratações desnecessárias.

A declaração foi dada nesta terça-feira (19.05), em entrevista à Rádio Jovem Pan de Cuiabá.

"Vou dar um exemplo. Um diretor de penitenciária, se eu for contratar de fora, vou pagar R$ 1.800. Você contrata alguém para ser gerente de fiscalização da Secretaria de Fazenda, assumir um cargo como esse, por R$ 1.800? Não consegue. Então só nos resta chamar servidores públicos de carreira para assumir esses cargos".

Um dos artigos da lei em questão readequou a porcentagem do valor do DGA aos servidores efetivos que atuam em cargos de comissão. Mendes explicou que, pela legislação anterior, o percentual pago ao servidor efetivo para assumir cargos de confiança era muito baixo.

"No caso de diretor de presídio, ganhava R$ 900. Você assumiria um cargo que coloca sua vida em risco, que você pode ser ameaçado, que mexe com pessoas de alta periculosidade por R$ 900? Ninguém quer, muitas pessoas não vão e temos dificuldade de preencher".

Conforme o governador, o ajuste no percentual facilita a contratação dos próprios servidores para assumir os cargos de confiança.

"Na prática, isso gera economia. Porque se eu contrato de fora, eu pago 100% do valor. Se eu contrato dentro do Governo, eu pago um percentual desse valor", argumentou.

Valorização dos efetivos

O governador também ressaltou que a lei sancionada obriga o Estado a compor os cargos em comissão com, no mínimo, 60% de servidores efetivos do próprio Governo.

"Nem eu, nem qualquer governador enquanto a lei estiver vigente, pode ficar trazendo um monte de gente de fora para o Governo. Porque historicamente, esses casos de corrupção, dessas mazelas com o dinheiro público, são protagonizados por pessoas de fora, que ficam pouco tempo no Governo, muitas vezes por um salário incompatível, e ficam fazendo coisas ao arrepio da lei, praticando corrupção", citou.

De acordo com Mendes, a lei ainda possibilitou a extinção de 4.183 cargos, medida que foi anunciada na última sexta-feira (15.05). A extinção gera uma economia potencial de R$ 220 milhões ao ano para o Estado, uma vez que se tratavam de cargos vagos que possuíam a permissão para serem ocupados.

"Se eu deixo o cargo criado em lei, há pressão para nomeação e novos concursos. Quando você extingue, cria uma grande dificuldade para que outro governador, em outro momento, possa criar novos cargos e inchar a máquina pública", reforçou.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões