A Polícia Judiciária Civil (PJC), por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), cumpriu na manhã desta quinta-feira (23), em Cuiabá-MT, dez ordens judiciais contra membros de uma organização criminosa suspeitos de participação em um ‘salve’ – espécie de castigo – aplicado em uma mulher. A vítima foi espancada e ainda teve a cabeça raspada pelos acusados.
Os mandados foram expedidos pela Sétima Vara Criminal da Comarca da Capital. Um homem de 40 anos teve uma ordem de prisão preventiva decretada, enquanto outros quatro foram alvo de mandados de intimação para instalação de tornozeleira eletrônica. Cinco ordens judiciais de buscas e apreensão domiciliar também foram expedidas. Os suspeitos foram indiciados por organização criminosa, lesão corporal, ameaça e constrangimento ilegal.
Segundo as investigações da GCCO, o crime ocorreu no dia 24 de fevereiro deste ano e vem ganhando grande repercussão após os vídeos terem sido veiculados e circulados pelas redes sociais. As imagens gravadas por aparelhos celulares registraram uma série de agressões contra a mulher, moradora do bairro Jonas Pinheiro II, em Cuiabá.
Nos vídeos, três mulheres aparecem agredindo violentamente a vítima com vários golpes em todo o corpo e na região da cabeça. As agressoras imobilizaram a vítima e com uso de tesouras e outros instrumentos e cortaram todo o cabelo da mulher, deixando-a com várias lesões corporais e com a cabeça praticamente raspada.
Em determinado momento, aparece nas imagens um quarto suspeito acelerando uma roçadeira próxima à cabeça da vítima, totalmente subjulgada, com o objetivo de aterroriza-la ainda mais. A ação foi registrada pelo mandante do crime, que a todo tempo reforçava que o ato foi cometido em nome da facção criminosa que integram.
A motivação do crime seria um suposto envolvimento amoroso da mulher com um homem casado. A conduta não seria admitida entre os integrantes da organização.
Após uma série de diligências, as equipes de investigadores da GCCO conseguiram identificar todos os envolvidos no fato, que tiveram as ordens judiciais representadas pela PJC.
As investigações continuam para dar cumprimento aos outros mandados decretados em desfavor de alguns envolvidos que ainda não foram localizados.
