O presidente do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária), Tadeu Mocelin, e o diretor técnico Alison Seganfredo Cericatto foram exonerados pelo governador Mauro Mendes nesta terça-feira (31). E o Sintap (Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de Mato Grosso) diz que o motivo é retaliação por crítica de Mocelin e Cericatto a modificações feitas pelo governo no instituto.
O governo conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa um projeto de lei que retira parte dos recursos das agências fomentadoras da defesa sanitária animal e a transfere ao Instituto Mato-grossense da Carne (IMAC).
O recurso com destino modificado vem da taxa paga pela indústria frigorífica por animal abatido, algo em torno de R$ 6,5 milhões. O Indea agora irá receber apenas 1,12% desse total.
O presidente e o diretor se opuseram à modificação dizendo que no serviço de campo com truncagem no número de técnicos. Conforme o Sintap, com a redução de recursos e um orçamento insuficiente, “vislumbramos um cenário caótico para a defesa agropecuária, com fechamento de barreiras sanitárias na fronteira Brasil-Bolívia, suspensão da retirada da vacinação contra a febre aftosa prevista para 2022”.
De acordo com a presidente do Sintap/MT, o INDEA irá receber menos que o valor repassado ao IMAC, sendo que os servidores do INDEA que hoje são em torno de 1.000 colaboradores e se encontram nos 141 municípios de Mato Grosso e o IMAC possui menos de 5 colaboradores lotados na capital.