Política

Empresário alega propriedade de área e Prefeitura adia lançamento de obras de hospital veterinário

O lançamento das obras do Hospital Veterinário Municipal de Cuiabá–MT, que estava marcado para esta segunda-feira (17), acabou sendo suspenso pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), após o empresário Luiz Alberto Gebrim alegar que a área onde seria construído o centro de saúde para animais é de sua propriedade. A polêmica ocorreu momentos antes do início da solenidade.

Gebrim afirmou que comprou o terreno de 21 hectares, localizado na Rodovia Palmiro Paes de Barros, na Capital, por R$ 1 milhão, no ano de 2010. O empresário, inclusive, levou a documentação do local.

“Antes de fazer a aquisição desta área eu fui à secretaria de Desenvolvimento Urbano. Ela me deu um parecer da área, fiz a consulta prévia, me deram outro parecer, fui ao cartório do 5º Ofício, me disseram que estava tudo certinho. Eu comprei a área, fiz a escritura e registrei", disse o empresário.

"Quando a Prefeitura estava fazendo esse aterro, fui atrás do secretário de obras e pedi para parar as obras. Não tive resposta. Estou entrando com um mandado de segurança para embargar tanto a obra quanto a posse".

O secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Juares Silveira Samaniego, rebateu as afirmações de Gebrim e frisou que a área verde é do loteamento do Parque Cuiabá.

 “Ele pode ser um comprador de boa-fé. Um documento deslocado de outra região, mas a matrícula da prefeitura é originária do Parque Cuiabá […]vamos encaminhar documentação para a Justiça e pedir uma liminar de autenticidade da área”.

Diante do imprevisto, a prefeitura decidiu cancelar o início das obras do hospital veterinário. Em um vídeo publicado nas suas redes sociais, o prefeito Emanuel Pinheiro enfatizou que a confusão não irá comprometer o futuro da construção.

“Aqui em Cuiabá é muito comum esta luta por áreas públicas. É muito comum em muitas regiões da cidade, pessoas aparecerem tempos depois, até com documentos em mão – como é o caso –,  alegando que a área, que no nosso controle da prefeitura, é tido como pública, na verdade é de propriedade particular”.

“Para evitar qualquer injustiça, vamos esclarecer esta situação de forma administrativa ou até na Justiça se for o caso. Estou só adiando o lançamento desta obra, mas não estou em hipótese alguma comprometendo o nosso sonho de fazer de Cuiabá um case de sucesso em defesa e em proteção aos nossos animais”.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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