O DEM deve decidir esta semana a situação do partido com o governador Mauro Mendes para a eleição suplementar ao Senado. O presidente do diretório estadual, Fábio Garcia, vem sendo cobrado pelas lideranças por uma reunião com o governador. O foco da conversa será o posicionamento de Mendes quanto ao apoio a Carlos varo (PSD), Otaviano Pivetta (PDT) ou algum representante democrata.
O ponto cruzado de Mauro Mendes vem sendo visto como delicado para ele mesmo e como desconfortável ao DEM, a depender do caminho que o governador tomar.
“Eu entendo que ele está na situação delicada. Ele tem três apoiadores, três amigos ligados à eleição ao Estado e que agora pretendem disputar o mesmo cargo. Não será nada fácil. Por isso, estamos cobrando o presidente Fábio Garcia para marcar uma reunião com ele para a gente conversar, há alguns dias. Mas, como ele se acidentou e precisou ficar fora do Estado, a data está sendo adiada. Mas, acho que nesta semana sai uma decisão”, diz Júlio Campos.
O ex-governador é um dos nomes cotados pelo DEM para concorrer ao Senado. O projeto tem sido fortalecido por uma articulação paralela e de fora do partido. O objetivo é lançar um candidato para representar o Baixada Cuiabana. Até o momento, outros quatro partidos já mostraram interesse a formar consenso – PP, PSDB, MDB e PSB.
“A gente acha que o ‘velho Mato Grosso’ deve ter um representante, para não ter somente representante de Lucas do Rio Verde, Rondonópolis, Sinop. Uns 40% dos 2 milhões dos votos estão na Baixada Cuiabana. Por que não ter um representante então?”
Júlio Campos diz que é considerada a possibilidade de liberar o governador Mauro Mendes para apoiar seu nome de preferência, por causa da relação estreita com os três nomes. Mas, admite que a situação poderá ficar desconfortável se apoio ir para alguém de fora do DEM.
“Eu entendo que a situação dele é delicada. Mas, venha bem: ele é a figura política maior que terá apoio público para algum candidato. Como ficará a cara do candidato do DEM para percorrer o Estado. É uma situação desconfortável, seja eu, ou o [Dilmar] Dal Bosco ou o [Eduardo] Botelho” (ambos deputados estaduais).