O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou, na tarde desta terça-feira, a força-tarefa da Lava-Jato de fazer “pirotecnia” para, segundo ele, perseguir “ilegalmente” seus filhos. A declaração é uma resposta à ação da Polícia Federal, nesta manhã, que teve como alvo Fábio Luis Lula da Silva, conhecido como Lulinha.
“O espetáculo produzido hoje pela força-tarefa da Lava Jato é mais uma demonstração da pirotecnia de procuradores viciados em holofotes que, sem responsabilidade, recorrem a malabarismos no esforço de me atingir, perseguindo, ilegalmente, meus filhos e minha família”, escreveu Lula, no Twitter.
O PT também divulgou nota em que diz que os “procuradores da Lava-Jato e a Polícia Federal comandada por Sergio Moro demonstram sua inconformidade com a Justiça e o estado de direito brasileiro”. Acusa ainda a operação de fazer “ilações e acusações falsas”:
“O PT apoia incondicionalmente Lula na busca pela verdadeira justiça”, afirma a nota assinada pela presidente da legenda, Gleisi Hoffmann.
Na noite de desta terça-feira, Lula participará de um ato na quadra dos Sindicatos dos Bancários de São Paulo para marcar o lançamento da segunda edição do livro “A verdade vencerá: o povo sabe por que me condenam”. A obra traz uma entrevista em que o ex-presidente comenta as investigações contra ele.
Em março do ano passado, pouco antes de ser preso para cumprir pena por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula disse, em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, que seus filhos estavam “todos desempregados”, e que “ninguém consegue arrumar emprego”, como consequência de investigações.
Alvo da operação desta terça-feira, Lulinha esteve em um jantar de final de ano, no último dia 24, promovido pelo Prerrogativas, grupo de advogados que pauta sua atuação no combate ao que classificam como excessos da força-tarefa da Lava-Jato.
No encontro, o filho de Lula se sentou na mesma que outros políticos, como o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), o ex-governador Marcio França (PSB) e a ex-prefeita Marta Suplicy (sem partido).