Um nome em preparação para concorrer à Prefeitura de Cuiabá em 2020, a servidora pública Gisela Simona diz que não divide a política em velha e nova, mas partilha do antagonismo da sociedade pela corrupção no Poder Público. O receio de cair um campo minado foi um critério na escolha ao PROS (Partido Republicano da Ordem Social) como seu grupo partidário.
“Eu sempre quis participar da vida pública, mas ficava pensando em qual partido entrar, tendo vários deles envolvidos em corrupção. Como entrar em um partido que não esteja vendido? Foi uma preocupação que levou a escolher o PROS e continua presente nas minhas avaliações”.
Mesmo com candidatura quase discreta em 2018, à deputada federal, ela recebeu mais de 50 mil votos (12% em Cuiabá) e ficou de fora do cargo por causa do cruzamento de regras dos votos proporcionais. Hoje, ela é cogitada como nome para renovação da política.
A ponderação sobre o velho e o novo vem do que entende ser da experiência que figuras conhecidas adquiriram ao longo do tempo. Ela defende a união da técnica com traquejo político como alternativa saudável para melhorar as atividades políticas.
“Eu diria que a separação hoje pra mim é 60% a 40%. Maior carga de técnica para resolver problemas, otimizar os serviços públicos, para que o prefeito, no caso, não fique vendido sobre qual é a melhor opção para executar uma obra em situação limitada. Vemos muitos problemas neste sentido, principalmente na saúde pública, que é área mais precária em Cuiabá”.
“Mas, também é preciso saber conciliar. O gestor deve ter a última palavra, mas a gente sabe que ela não faz nada sozinho, é preciso dialogar com quem ajuda a administrar. É preciso unir velho e o novo”.
O perfil de conciliadora é apontado como a alternativa para a conversa entre partidos de linhas semelhantes, mas historicamente distantes na articulação política. PROS, PT, PCdoB e PSB são primeiros a buscar essa proximidade.
“Eu não me coloco como a intermediadora, mas ser foi preciso, saudável fazer essa intermediação para lançarmos um novo alternativo à gestão atual, eu estou disposta contribuir”.