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Condenado por envolvimento em morte de mãe e filho é preso em Cuiabá

Condenado a mais de 30 anos de prisão por envolvimento em um duplo homicídio, ocorrido em março de 2004, Benedito da Costa Miranda, 47 anos foi preso na tarde desta terça-feira (22), em Cuiabá-MT.

O homem estava foragido há 15 anos por contratar o assassino da empresária Marluce Maria Alves, de 53 anos, e do seu filho, o bancário Rodolfo Alves Lopes, de 24. O crime ficou conhecido como “Caso Shangri-La”.

Segundo a Polícia Militar, os agentes foram informados de que um suspeito com mandado de prisão em aberto estava circulando nas proximidades da Ponte Sérgio Mota, na divisa com Várzea Grande.

Ao perceber a aproximação da guarnição, o homem tentou fugir, mas foi capturado no bairro Praeirinho. Após uma checagem no sistema, os policiais constataram que se tratava Benedito Miranda e deram voz de prisão ao acusado.

Piré, como é conhecido, foi conduzido para a Gerência Estadual de Polinter (Gepol).

Caso Shangri-la

De acordo com a denúncia, Marluce Maria Alves tinha uma dívida de R$ 32 mil, provenientes de empréstimos realizados com o proprietário de uma factoring Trajano Souza Filho. No entanto, a vítima não conseguiu cumprir o pagamento e passou a ser pressionada pelo seu credor.

O filho da empresária, então, decidiu registrar um boletim de ocorrência contra Trajano na Delegacia do Porto. A unidade, à época, era conduzida pelo Edgar Fróes. O delegado sugeriu às partes que fizessem um acordo para que o pagamento fosse feito de forma parcelada.

Ficou acertado que Edgar seria o intermediário do negócio, sendo responsável por receber os valores da empresária e repassá-los ao dono da factoring.

Porém, o dinheiro que Marluce depositava para quitar a dívida não era entregue a Trajano, que contatou o delegado para saber o que estava acontecendo. Edgar teria respondido que a mulher não havia efetuado o pagamento e que estaria o “enrolando”.

No entanto, ao ser cobrada, a empresária afirmou que havia entregue os valores ao delegado, conforme combinado. Como tinha os documentos que comprovavam a transação efetuada, ela procurou o delegado e ameaçou denunciar o caso na Corregedoria da Polícia Civil caso não devolvesse o valor.

Pressionado e sem o dinheiro para quitar a dívida, o delegado decidiu arquitetar um plano para matar a vítima. Edgar contratou Benedito da Costa Miranda para executar Marluce. Benedito, por sua vez, passou a tarefa para um adolescente de 17 anos.

No dia 18 de março de 2004, por volta das 7h30, o menor foi até a casa da empresária, no bairro Shangri-lá, na Capital, e acabou assassinando a vítima e o seu filho a tiros. Após o crime, o jovem ainda levou a bolsa de Marluce, na tentativa de simular um latrocínio. Os comprovantes das parcelas que haviam sido pagas ao delegado também foram furtados.

Edgar Fróes foi condenado a 30 anos e 8 meses. O delegado foi excluído da Polícia Civil dois anos depois, em 2006. Ele deixou a prisão em 2009.  

Redação

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