O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), anunciou nesta terça-feira (22) os membros da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que vão apurar as atividades da concessionária de energia elétrica em Mato Grosso, Energisa. Elizeu Nascimento (DC), que apresentou o requerimento de instalação, foi confirmado como presidente; Dilmar Dal Bosco (DEM), Paulo Araújo (Progressistas), Carlos Avallone (PSDB) e Dr. Eugênio (PSB) completam a bancada dos titulares.
Para a suplência foram escolhidos delegado Claudinei (PSL), Romoaldo Junior (MDB), Xuxu Dal Molin (PSC), Thiago Silva (MDB) e Valmir Moretto (PRB). A CPI tem prazo inicial de 180 dias para apurar os fatos e cobrar providências da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
“Agora é esperar o trabalho deles. Estamos colocando a Casa à disposição para solicitar técnicos; para trazer os diretores da Aneel; diretores da Ager e todos diretores e técnicos da Energisa para explicarem e se desvendar o que vem acontecendo em Mato Grosso. Essa CPI vai adentrar para saber por que as contas aumentaram tanto e o descaso da empresa com o consumidor”, disse Botelho.
O democrata aponta como fonte de problema na prestação de serviços o direito de atividade única que a Energisa poussi para explorar o setor no Estado. Ele disse que a concessionária “detém monopólio, retirando do consumidor o poder de escolha”. Segundo Botelho, as reclamações constantes contra a empresa vêm de funcionários, empresários e usuários residenciais.
“É obrigação desta Casa, que é a legítima representante do povo, mediar, quando possível, mas também fiscalizar, investigar e denunciar se necessário, para se chegar a um equilíbrio entre a prestadora do serviço e o consumidor”.
O presidente ainda alerta que, pela tarifa convencional, Mato Grosso fica atrás somente do Maranhão (Cemar), Minas Gerais (Cemig-D) e São Paulo (Cerim) e está muito longe de receber o melhor tratamento dentre todas as unidades federativas do Brasil. Enquanto a tarifa média no país é de 0,564, em Mato Grosso é 0,627.