O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Raul Araújo, prorrogou por mais 60 dias a validade do inquérito que investiga membros titulares do TCE (Tribunal de Contas do Estado), acusados de cobrar propina para aprovação de contas.
O ministro acatou, em 30 de setembro, um recurso do MPF (Ministério Público Federal) com pedido de dilatação do prazo para dar prosseguimento às investigações por causa da complexidade do caso.
“A prorrogação do prazo para a investigação é de ser também deferida, diante da complexidade da investigação, a fim de que a autoridade policial dê continuidade às diligencias já deferidas, sem prejuízo de outras que venham a ser autorizadas”, disse o ministro.
Cinco conselheiros estão há mais de dois anos afastados de suas funções e cargos no TCE por efeito da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (sem partido) e do ex-secretário da Csa Civil, Mário Nadaf.
No depoimento à PGR (Procuradoria Geral da República), Silval disse que os conselheiros teriam recebido um total de R$ 53 milhões para dar pareceres positivos das obras da Copa do Mundo de 2014 e, consequentemente, não travar as execuções.
Os conselheiros apontados pelo ex-governador são: Sérgio Ricardo, José Carlos Novelli, Valter Albano, Antônio Joaquim e Waldir Teis. Todos investigados na Operação Malebolge.
Na mesma delação, Silval Barbosa informou a operação de um esquema de cobrança de propina de empresários e grupos vencedores das concorrências públicas para obras da Copa, incluindo o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).