Política

Ação das Forças Armadas contra queimadas na Amazônia deve ser estendida até outubro, diz Mourão

O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, afirmou nesta sexta-feira (13) que o governo pretende renovar, nos próximos dias, a ordem para atuação das Forças Armadas no combate às queimadas e ao desmatamento na Amazônia.

O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro em 23 de agosto e vale até 24 de setembro. Já na assinatura do decreto o governo dizia que a operação poderia ser renovada, se necessário, até novembro, quando acaba a temporada de estiagem.

“[A operação militar] Continua, está prevista até 24 de setembro. E a nossa ideia, depois que o presidente voltar, é solicitar a prorrogação dela”, declarou Mourão.

O vice exerce a Presidência da República desde o último domingo (8), quando o presidente Jair Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia em São Paulo. O prazo terminaria nesta sexta (13), mas foi estendido até segunda-feira (16), quando a equipe médica fará uma nova avaliação.

Custo alto

Questionado sobre a alta do número de queimadas no cerrado, em áreas como a Chapada dos Guimarães (MT), Mourão disse que ainda não há uma decisão tomada. O decreto da GLO só vale para a chamada Amazônia Legal, que inclui os sete estados da região Norte, o norte do Mato Grosso e o oeste do Maranhão.

“Vamos ver, se o governo do Mato Grosso precisar. O problema é o custo, né, essa operação não é barata. Ela custa R$ 1,5 milhão por dia, por causa do uso das aeronaves”, disse Mourão.

Nesta sexta, a prefeitura de Chapada dos Guimarães decretou situação de emergência no município, a 65 km de Cuiabá. Segundo o governo local, o gasto com despesas não previstas já supera os R$ 23 milhões.

A prefeitura alega um prejuízo de R$ 23 milhões com despesas não previstas no orçamento e, por isso, teria estourado a capacidade operacional e financeira do município.

Saldo na Amazônia

À tarde, o presidente em exercício se reuniu com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, para conhecer os resultados do combate às queimadas na Amazônia. Segundo Mourão, até agora, as multas aplicadas superam os R$ 25 milhões. Nos cálculos da Defesa, mais de 12 mil metros cúbicos de madeira derrubada ilegalmente foram apreendidos.

“Houve em torno de 350 ataques a focos de queimadas terrestres, mais 350 incursões aéreas, de aeronaves. Então, o resultado é muito bom”, afirmou. Esses números dizem respeito ao sul do Pará e ao sul do Amazonas, as duas áreas consideradas críticas pela Defesa.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões