Mato Grosso pode registrar temperatura na casa dos 40ºC até o fim desta semana. Dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) preveem máxima de até 42ºC na próxima sexta-feira (13). Amanhã (11), os termômetros devem variar entre 26ºC e 40ºC; na quinta (12), a temperatura terá pouca mudança, entre 25ºC e 41ºC. Poderá ocorrer temperatura amena no sábado (14), quando a máxima não deverá passar dos 38ºC.
“Até o dia 25 deste mês, teremos muito calor. A previsão de chuva é somente para daqui 15 dias. Mas, é bom lembrar que essa temperatura é característica deste período de fim de primavera. E no caso de Mato Grosso ocorre uma piora por causa das queimadas, fumaça, clima seco. A umidade do ar deverá ficar, neste intervalo, entre 10 e 20%”, diz o chefe de telecomunicação do Inmet em Cuiabá, Waldilson Fidélis.
Questionado sobre o alerta divulgado pela sede do instituto, Fidélis disse que ocorreu desencontro de informação e que o erro já estava sendo comunicado. Hoje (10), o Inmet alertou para o risco de hipertermia (elevação da temperatura do corpo humano), que poderia gerar risco de morte. Veja a previsão
O fenômeno é em decorrência da elevação da temperatura em cinco graus acima da média por um intervalo de cinco dias. Conforme o instituto, 28 cidades em Mato Grosso estariam em risco – dentre elas Cuiabá, Várzea Grande, Alto Paraguai, Arenápolis, Barra do Bugres, Barão do Melgaço, Campo Verde, Chapada dos Guimarães e Cáceres.
Cuidados
Doenças simples, como um resfriado ou virose, podem se tornar casos graves diante do clima quente e seco que Mato Grosso e outras regiões enfrentam durante essa época do ano. Clovis Botelho, pneumologista e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), alerta que a queimada de lixos domésticos também libera substâncias cancerígenas.
médico explica ao Circuito Mato Grosso que durante esse período do ano há um aumento nos atendimentos médicos por conta de doenças respiratórias e os pacientes são principalmente crianças e idosos.
“As crianças tem um sistema imaturo de defesas no aparelho respiratório. E os idosos já não têm mais essas defesas intactas. Ao longo do tempo, ou por doenças, os idosos vão perdendo isso. São doenças como diabetes, cardíacas, renais ou o fumo que acabam agravando o sistema imune daquela pessoa e os idosos sofrem”.
Botelho explica que quanto maior o nível de poluição em uma localidade, ela atinge com maior impacto as pessoas que estão expostas na região. Ele lembra que Mato Grosso também sofre pelo aumento das queimadas.
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