O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) disse que o apoio a Silval Barbosa (sem partido) na sucessão de seu governo no Estado foi um “erro político”. Ele diz que faltaram “inteligência e paciência”, na época, ao seu grupo para construir um nome adequado, mencionado por ele como sendo o atual governador Mauro Mendes.
“Quando eu deixava o governo do Estado, meu candidato à sucessão não era o Silval Barbosa, era o Mauro Mendes. Mas politicamente, não tivemos a inteligência e a paciência de construir o que queríamos. Hoje, passados oito anos e dois governos, temos a possibilidade de ver Mauro à frente do Paiaguás”.
A declaração foi dada em evento no interior do Estado no dia 20 de julho de lançamento de obra de pavimentação asfáltica da MT-244. Especificamente para o ex-governador, era a “saída de uma quarentena” iniciada com o fim do comando do Mapa (Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) no governo de Michel Temer (MDB).
Silval Barbosa fez parte do segundo mandato de Maggi (2007-2010) como vice e assumiu o primeiro cargo na reta final, quando que Maggi se desligou da função para concorrer ao Senado. Na mesma campanha, ele declarou que o vice tinha habilitação para dar continuidade de seu modo de governar. Silval foi eleito em primeiro turno.
“Terminei minha passagem pela política em 31 de dezembro [de 2018]. Desde então, me impus uma quarentena. Essa minha primeira participação em um evento político. Hoje, podemos comemorar ou retomar um rumo que perdemos em 2010”.
Desde o fim do mandato, em 2014m Silval Barbosa responde a vários processos por crimes de corrupção e improbidade administrativa, incluindo contratos assinados para as obras da Copa do Mundo. Ele teria desviado cerca de R$ 1 bilhão nos quatro anos de governo.