Política

Derrubada de veto ao FEX ‘transfere’ discussão ligada a servidores para bancada federal

A derrubada do veto à inclusão do FEX (Auxílio de Fomento à Exportação) no Orçamento do Estado abriu caminho para a cobrança mais acirrada de servidores de retorno de direitos salariais ao mesmo tempo em que transfere o assunto para um olhar para a situação do País.

Até o momento, não há regra para a transferência pela União de recursos aos Estados exportadores de commodities. Mato Grosso continua a esperar pelos cerca de R$ 500 milhões que deveria de ter recebido no fim do ano passado, e o governo federal, mergulhado na aprovação da reforma da Previdência, não se voltou para o assunto. E ainda deverá chegar ao presidente Jair Bolsonaro.

O governador Mauro Mendes deverá se sustentar neste impasse ao começar a ser questionado sobre RGA (Revisão Geral Anual), suspensa desde janeiro por dois anos, e o pagamento em parcela única dos salários.

“Estamos dependendo da articulação da bancada federal, ela terá que se mostrar mais agressiva para cobrar que Mato Grosso receba o repasse, antes, que se aprove uma lei para regularizar o repasse, ou que se extingue a Lei Kandir. Mato Grosso já perdeu R$ 50 bilhões com a isenção de imposto para exportação, isso não é direito pequeno”, diz o presidente do Fórum Sindical, Edmundo César.

O veto do governador Mauro Mendes foi derrubado na sessão desta terça-feira (9), com o placar de 16 a 4. O fundo agora passar a constar da receita corrente líquida do Estado. Vitória da articulação do Fórum Sindical junto aos deputados ligados aos servidores.

Ela começou na primeira quinzena de junho, quando líderes sindicais passaram a pressionar pelas conversas para discutir a situação da RGA. E a articulação de pauta municipalista na Câmara Federal, que cobra regulamentação do FEX, deu nova força ao movimento em Mato Grosso.

O coordenador da bancada federal, deputado Neri Geller (PP-MT) disse que a pauta está amadurecendo, mas segue travada por causa da discussão da reforma da Previdência.

“Olha, a pauta não andou desde então, por causa dessa articulação para a reforma da Previdência. Mas, está amadurecendo. É um assunto que está sendo articulado junto aos deputados municipalistas que entendem que a reestruturação do País passa pela regularização do FEX. Acredito que depois da reforma haja ambiente para votar essa questão, mas se não for aprovada no segundo semestre é melhor largar de mão”.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Política

Lista de 164 entidades impedidas de assinar convênios com o governo

Incluídas no Cadastro de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim), elas estão proibidas de assinar novos convênios ou termos
Política

PSDB gasta R$ 250 mil em sistema para votação

O esquema –com dados criptografados, senhas de segurança e núcleos de apoio técnico com 12 agentes espalhados pelas quatro regiões