O governador Mauro Mendes (DEM) disse, nesta segunda-feira (24), que a situação financeira do Estado não modificou para atender as exigências de professores em greve de aumento salarial. Ele afirmou que haverá representante do governo na audiência de conciliação judicial com sindicatos trabalhistas, mas que “os argumentos do Estado continuam os mesmos”.
“Vamos dialogar com que fórum for; agora, os argumentos de que não podemos dar o aumento eles ainda estão presentes. Tem uma Lei de Responsabilidade Fiscal e tem uma dura realidade financeira. Nós estaremos em qualquer reunião que formos convidados, mas entendemos que só poderemos fazer qualquer tipo de alteração da nossa conduta, quando o Estado recuperar o limite de 49% com gasto de pessoal”.
Na sexta-feira (21), o Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público) de Mato Grosso divulgou que a Justiça estadual determinou que o governo senta-se à mesa de conciliação com as categorias para negociar propostas para cumprimento da lei 510/2013 (dobra de poder de compra), cujo mês base de efetivação é maio.
Conforme o sindicato, a audiência de conciliação, com a recomendação de intermediação do Ministério Público do Estado (MPE), foi associada pela desembargadora Maria Erotides Kneip Baranjak, às alternativas para negociação da greve. Enquanto, elas existirem não seria possível tomar decisão sobre a paralisação, que completa um mês nesta semana.
Na quarta-feira (19), o procurador-geral José Antônio Afonso, decidiu pela intermediação da crise com o governador Mauro Mendes cuja primeira reunião teria ocorrido na semana no mesmo dia. Ele iria apresentar uma proposta de parcelamento dos 7,69% da lei de dobra do poder de compra até a próxima data base, em 2020.
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